ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Pais esperam milagre e menino afogado segue em estado grave

“Meu filho é tudo para mim”, diz Soane, entre lágrimas e tristeza

Aline dos Santos e Mirian Machado | 27/12/2017 12:28
Padre dá aconselhamento religioso para mãe do menino (Foto: Mirian Machado)
Padre dá aconselhamento religioso para mãe do menino (Foto: Mirian Machado)

Sustentados por esperança e fé em Deus, os pais do menino Hiago Ryan Cardoso Aguirre, 9 anos, que se afogou na tarde de ontem (dia 26), acompanham sua batalha pela vida. Da medicina, ainda não veio todas as respostas.

Em estado grave, o garoto já passou por testes físicos que apontam falta de reflexo no cérebro. Já a realização de dois testes clínicos para verificar morte encefálica, sendo um o exame de tomografia, fica impossibilitada diante da instabilidade do quadro do paciente.

Para Deus, vão as súplicas do cozinheiro Soane Aguire, 38 anos, pai de Hiago. “O pulmão está muito lesionado. Mas para Deus nada é impossível”, diz. O menino mora com o pai há cinco anos no bairro Moreninha 3. “Meu filho é tudo para mim”, diz, entre lágrimas e tristeza.

Ontem, o menino estava na casa da mãe, no residencial José Maksoud, na Moreninha 4. Ele se afogou em uma lagoa perto da residência. Segundo a família, a criança foi empurrada no reservatório e bateu a cabeça em um cano de concreto. O menino foi retirado do reservatório por um vizinho, reanimado pelos socorristas do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) e levado para a Santa Casa de Campo Grande.

Soane conta que havia proibido o filho de ir à lagoa. “Eu estava em casa. Primeiro falaram que estava passando mal, mas depois soube do afogamento. Somos muito apegados”, conta o pai.

Mãe do garoto, Ana Paula Cardozo, 33 anos, conta que Hiago saiu de casa e disse que iria chupar manga. Soane e Ana Paula tem mais três filhas, de 13, 11 e 7 anos. A mãe conta que traz dor recente de perder um bebê aos dois meses de gestação. “Mas Deus é grande. Se não for a fé da gente, nenhuma montanha se move”, diz.

Com voz calma, ela disse que se prepara para qualquer desfecho. “O médico me falou que tanto ele pode sair vivo, quanto sair morto”.

Nos siga no Google Notícias