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Capital

PF investiga invasores da reitoria por depredar Diretório dos Estudantes

Lidiane Kober e Bruno Chaves | 02/09/2013 17:50
Policial federal chega para conferir danos ao patrimônio da UFMS (Foto: Divulgação)
Policial federal chega para conferir danos ao patrimônio da UFMS (Foto: Divulgação)

A PF (Polícia Federal) investiga suposta depredação no DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), realizada, ontem (1), por invasores da reitoria. Nesta segunda-feira (2), policiais foram até o local fazer perícia e inquérito será aberto por dano ao patrimônio público da União. Os estudantes correm o risco de parar atrás das grades e de pagar multa.

De acordo com Claúdio Ramos, integrante do DCE, por volta das 13h de domingo, um integrante do diretório foi até à sede para responder reivindicação dos universitários, que ocuparam na última sexta-feira (30) a reitoria da UFMS, quando se deparou com a porta arrombada, vidro quebrado e com a falta de uma geladeira, fogão, caixa de som, bateria, microfone e de materiais de escritório.

“Nesta segunda-feira, fizemos reunião e deliberamos por não aderir à invasão e decidimos acionar a PF para investigar a depredação ao DCE”, anunciou Ramos. Ele atribuiu a decisão pelo fato de o diretório entender que o “movimento tomou rumo violento”.

Por meio de nota em rede social, os invasores da reitoria confirmaram o ato na DEC, mas afastaram depredação. Eles alegam que procuraram integrantes do DCE para emprestar os objetos. “Foi dito pelo coordenador do diretório que não poderia ser tomada nenhuma decisão sem a consulta dos outros responsáveis”, escreveram no Facebook. “Havendo necessidade de se utilizar os equipamentos do DCE, que nada mais é do que dos estudantes, optamos por fazer uso dos mesmos”, emendaram.

Eles, inclusive, confirmaram a quebra do vidro e o “empréstimo” “do fogão, botijão de gás, bateria acústica, caixa de som, geladeira, um par de microfones sem fio”. “Reiteramos que em todos os momentos tentamos negociar a posse desses itens, visto que são de uso do movimento estudantil e patrimônio público. Afirmamos também, que não houve depredação do patrimônio, mas sim entramos no diretório por não haver resposta favorável”, informaram.

Ainda de acordo com a publicação, a medida de arrombar o DCE ocorreu “devido à urgência na alimentação dos presentes”.

Vidros foram quebrados durante depredação (Foto: Cleber Gellio)
Vidros foram quebrados durante depredação (Foto: Cleber Gellio)
Estudantes do DCE se reúnem no entrada do DCE (Foto: Cleber Gellio)
Estudantes do DCE se reúnem no entrada do DCE (Foto: Cleber Gellio)

O DCE reconheceu que foi procurado pelos acadêmicos. “Eles ligaram para um integrante do diretório, que não estava na cidade, o mesmo prometeu dar retorno e quando chegamos à sede para atendê-los nos deparamos com a depredação”, explicou Ramos. Ele contou ainda que os invasores da reitoria foram ao DCE para assumir o ato e a fim de se comprometer a devolver os objetos.

Sobre a repercussão do movimento, Ramos disse que “a aceitação é baixa na UFMS”. A acadêmica de enfermagem, Patrícia Brandão, atribuiu o fato “a pauta do movimento que muda toda hora”. “Até ontem, eles nem falavam no escândalo de corrupção no HU (Hospital Universitário)”, comentou.

Mais briga – Nesta segunda-feira, nova troca de acusações movimentou a instituição de ensino. Desta vez, os invasores da reitoria acusaram, via rede social, os integrantes do DCE de recolher os cartazes do movimento.

Ramos rebateu a informação e disse que a ordem partiu da administração da UFMS. “Os funcionários da limpeza, a mando da administração, recolheram os cartazes, nós, inclusive, apelamos para o material não ser retirado”, relatou.

À imprensa, os invasores na reitoria, cerca de 40 universitários, se recusam a falar. Eles apenas se manifestam por meio do Facebook. De acordo com o artigo 163 do Código Penal, depredação ao patrimônio público dá detenção de um ano a seis meses e pagamento de multa.

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