Prefeitura firma contrato de R$ 399 mil para reformar Casa da Mulher Brasileira
Obra será feita pela MRL Comércio de Materiais e incluem reparos no telhado, pintura e troca de pisos
Após uma década sem reformas, a Prefeitura de Campo Grande firmou contrato para revitalizar a Casa da Mulher Brasileira, no Jardim Ima. A obra será executada pela MRL Comércio de Materiais Elétricos e Serviços Ltda., pelo valor de R$ 399.474,79, conforme publicação desta sexta-feira (3) no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).
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A Prefeitura de Campo Grande firmou contrato de R$ 399.474,79 com a empresa MRL Comércio de Materiais Elétricos e Serviços Ltda. para reformar a Casa da Mulher Brasileira, no Jardim Ima. A maior parte do investimento, R$ 221.472,22, será destinada à reforma do telhado, enquanto R$ 119.553,50 serão aplicados em pintura. Inaugurada em 2015 como primeira unidade do país voltada ao acolhimento de mulheres em situação de violência, a Casa enfrenta deterioração visível após uma década sem reformas. O local voltou ao centro das atenções após a morte da jornalista Vanessa Ricarte, que relatou ter recebido atendimento inadequado na unidade antes de ser assassinada pelo namorado.
A revitalização estava prevista desde 2022, mas o edital anterior, de R$ 247,6 mil, foi cancelado em junho de 2024. O novo processo licitatório, lançado em julho de 2025, previu orçamento de até R$ 454 mil, um aumento de 83,37% em relação ao valor inicialmente previsto.
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Segundo o cronograma físico-financeiro, a maior parte do investimento, R$ 221.472,22, será destinada à reforma do telhado. A pintura representará R$ 119.553,50. O recurso vem de operação de crédito contratada pelo município com a Caixa Econômica Federal, por meio do programa Finisa.
Também estão previstas instalação de duchas, troca de pisos, portas e janelas, substituição de calhas e revestimentos, além da reinstalação do condensador do ar-condicionado. O contrato foi homologado em agosto e prevê execução em até 150 dias, contados a partir da ordem de serviço. A obra será fiscalizada pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos).
Situação atual – Inaugurado em 2015 como a primeira unidade do país voltada ao acolhimento de mulheres em situação de violência, o prédio enfrenta deterioração visível. Em fevereiro, o Campo Grande News mostrou pisos rachados, forro estragado, portas e janelas enferrujadas e falta de ar-condicionado em dias de calor acima de 37 °C.

A unidade voltou ao centro de críticas neste ano após a morte da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada aos 42 anos pelo namorado. Antes do crime, ela relatou a uma amiga ter recebido atendimento frio e sem acolhimento no local.
O caso levou a então ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a visitar Campo Grande e apontar falhas graves na gestão da unidade. Entre os problemas estavam o atendimento manual, a falta de integração entre delegacia, juizado e setor psicossocial, além da ausência de equipamentos tecnológicos básicos.
Após a vistoria, o governo estadual e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul firmaram convênio para agilizar o cumprimento de mandados e notificações. Uma força-tarefa também foi criada para revisar cerca de 6 mil boletins de ocorrência e denúncias que estavam parados.
Na inauguração, em 2015, a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande recebeu investimento de R$ 18,2 milhões, dos quais R$ 7,84 milhões foram destinados à obra e o restante à compra de equipamentos e manutenção pelos dois primeiros anos. O espaço reúne serviços como a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), juizado, apoio psicossocial e abrigamento emergencial.
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