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Capital

Prefeitura rebate dados que indicam fechamento de 1,5 mil lojas após obras

Pesquisa divulgada “não condiz com os números oficiais de órgãos que trabalham com dados relativos à abertura e fechamento de empresas”, afirma executivo municipal

Liniker Ribeiro | 21/03/2019 13:36
Obras do Reviva Campo Grande na 14 de Julho, próximo ao cruzamento com a Afonso Pena. (Foto: PMCG)
Obras do Reviva Campo Grande na 14 de Julho, próximo ao cruzamento com a Afonso Pena. (Foto: PMCG)

A prefeitura da Capital rebateu, nesta quinta-feira (21), dados apresentados pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) que indicam o fechamento de 1,5 mil empresas devido a crise econômica e as obras do Reviva Campo Grande - projeto que realiza modificações na região central da cidade. Segundo o executivo municipal, a pesquisa divulgada “não condiz com os números oficiais de órgãos que trabalham com dados relativos à abertura e fechamento de empresas”.

Por meio da assessoria de imprensa do programa, a prefeitura justifica que as obras foram programadas “justamente para reverter o processo de degradação, falência e esvaziamento que o centro da cidade já vinha sofrendo, modernizando sua infraestrutura”, indicando que o comércio já sofria com o fechamento de estabelecimentos antes de a obra ser iniciada.

De acordo com os dados da CDL, um dos setores mais afetados seria o de serviços, com encerramento de 828 empreendimentos. A pesquisa levou em conta o período de abril de 2018 e março deste ano, em levantamento feito no quadrilátero das avenidas Fernando Corrêa da Costa, Mato Grosso, Calógeras e Rua Pedro Celestino. Porém, o método usado para elaboração dos dados foi questionado pela prefeitura.

“A metodologia da pesquisa justificada pela assessoria da CDL foi que o levantamento foi feito de porta em porta. Entretanto, os resultados impressionam, uma vez que, caso a obra da Rua 14 de Julho impactasse todo o comércio ali instalado, o número de fechamento não seria superior a 242 empreendimentos localizados na via, conforme cadastro censitário realizado no início das obras”, justifica a assessoria do Reviva.

Ainda conforme a prefeitura, 28 estabelecimentos já estariam fechados antes do início das obras, conforme teria indicado o levantamento. Além disso, “dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul apontam que, entre dezembro de 2017 e dezembro 2018, o índice de fechamento de empresas foi em média de 10%”, ressalta.

Já os números da CDL revelam que, em abril do ano passado, foram contabilizadas 5.269 empresas na região central, porém, em março de 2019, o total caiu para 3.370, redução de 36,10% nas atividades, entre comércio, indústria e instituições financeiras.

Em contrapartida, a prefeitura afirmou que tem acompanhado de perto a situação dos comerciantes na região central e que tem procurado estimular as compras na Rua 14 de Julho nesse período de obras. O prazo para conclusão dos serviços é março de 2020, mas a expectativa é entregar a obra até dezembro de 2019, conforme programação do Reviva.

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