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Capital

Prefeitura rescinde contrato e praça vandalizada no Serra Azul segue abandonada

Obra orçada em R$ 2,4 milhões segue parada após depredações e prefeitura não detalhou prazos para retomada

Por Jhefferson Gamarra | 31/10/2025 17:26
Prefeitura rescinde contrato e praça vandalizada no Serra Azul segue abandonada
Projeto de como deveria ficar a praça ao término das obras (Imagem: Reprodução)

A obra da chamada Praça da Juventude, no bairro Serra Azul, em Campo Grande, segue paralisada e sem empresa responsável após a Prefeitura rescindir o contrato com a empreiteira responsável pela construção. O extrato do termo de rescisão, publicado no Diogrande nesta sexta-feira (31), formaliza a ruptura unilateral do contrato celebrado em 1º de novembro de 2023, orçado em R$ 2,4 milhões.

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A Prefeitura de Campo Grande rescindiu o contrato com a empresa responsável pela construção da Praça da Juventude, no bairro Serra Azul. O projeto, orçado em R$ 2,4 milhões, incluía quadras esportivas, banheiros e áreas de convivência, mas foi alvo de vandalismo e furtos durante sua execução. A Secretaria Municipal de Infraestrutura justificou a rescisão citando descumprimento de cláusulas contratuais pela empreiteira. A obra segue paralisada e sem previsão de retomada, deixando o local vulnerável a novas depredações e frustrando moradores que aguardavam o espaço de lazer há décadas.

Segundo o documento anexado ao processo administrativo, a rescisão foi celebrada em 13 de outubro de 2025. O extrato detalha ainda que há saldo a pagar à contratada de R$ 365.797,13 (referente à 21ª e 22ª medições contratuais) e R$ 35.701,80 em reajustes contratuais relacionados às mesmas medições.

A praça, que fica entre as ruas Rio Brilhante, Serra Azul e Travessa Serra Alta, havia sido aguardada por moradores da região há décadas e incluía no projeto quadras esportivas (uma coberta), banheiros, áreas de convivência e instalações elétricas e hidráulicas.

Durante o curto período em que as obras avançaram, o local foi alvo de depredações e furtos de materiais. Vidros das salas foram quebrados, forros arrancados e um dos banheiros vandalizado, conforme imagens e relatos de moradores divulgados em outubro. (Veja acima)

Por conta da recorrência de furtos e depredações em obras municipais, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) determinou que, nos novos contratos, as empresas passem a prever nas planilhas orçamentárias o custo de vigilância dos canteiros, com o objetivo de reduzir perdas de materiais e atos de vandalismo.

A prefeitura também informou que, ao longo de 2023 e 2024, houve substituições entre funcionários públicos que atuavam como gestores do contrato e fiscais da obra, mudança que, segundo relatos apurados, afetou o acompanhamento dos serviços.

Procurada pela reportagem, a gestão municipal, por meio da Sisep, justificou a rescisão afirmando que a empresa já havia sido notificada por descumprimento de cláusulas contratuais, principalmente relativas ao cumprimento do cronograma, e que, diante da persistência das falhas, optou pela rescisão. A secretaria declarou estar “tomando as medidas necessárias para o prosseguimento da obra”, mas não detalhou prazos nem informou quando ou como será reaberta a contratação para concluir o serviço.

Com a rescisão, o canteiro permanece sem empresa responsável e vulnerável a novas ações de depredação, o que aumenta a apreensão dos moradores que esperavam pela praça como área de lazer e convivência.