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Capital

Professor diz que foi mal interpretado e que vídeo com criança é montagem

Em texto na internet, docente da UFMS afirmou aparecer em gravação com um menino de 11 anos, mas que também seria vítima

Danielle Valentim | 28/11/2018 09:02
Nova publicação, em que o professor afirma ter sido mal interpretado. (Foto: Reprodução/ Facebook )
Nova publicação, em que o professor afirma ter sido mal interpretado. (Foto: Reprodução/ Facebook )

Dez dias depois de admitir aparecer em vídeo com um menino de 11 anos, o professor Luiz Antônio de Freitas, do Instituto de Matemática da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) usou, novamente, as redes sociais para dizer que foi mal interpretado pelos usuários. A publicação do último dia 28 de novembro rendeu críticas e até ameaças de morte ao docente.

Na primeira postagem, o professor lista os motivos pelos quais o Brasil está em “péssima” posição no ranking das universidades. Um dos pontos seria porque os bons profissionais são punidos, por exemplo, com calúnias.

Apesar da tentativa de denunciar os ataques sofridos, o professor se contradiz e admite aparecer em vídeo com uma criança.

''...sei de um vídeo que me mostra praticando pedofilia homossexual com um menino de uns 11 anos. O vídeo é real, e lembro da data e hora, mas também sou vítima (sic)'', publicou o docente.

Em seguida, em repercussão à publicação, o professor faz outro comentário negando ser capaz de se "auto delatar em público" e completa dizendo que um lugar próprio para explicações sobre o caso seria o juízo.

Na mesma publicação, o docente frisa que o ato não se consumou, mas que esse seria o objetivo da "turma", ou seja, do grupo que faz calúnias contra ele.

Mesmo recebendo diversas críticas, o professor ironizou em comentários que o intuito das postagens era o de ficar famoso e que pretende se candidatar à prefeitura de Campo Grande.

quando culpa uma "turma" pela vídeo. (Foto: Reprodução/Facebook)
quando culpa uma "turma" pela vídeo. (Foto: Reprodução/Facebook)
(Foto: Reprodução/Facebook)
(Foto: Reprodução/Facebook)

Em nota, o Instituto de Matemática afirmou que está apurando as informações e que tomará as medidas administrativas cabíveis. Ainda no posicionamento, a Universidade ressaltou o repúdio a qualquer ato ilícito e, finalizou dizendo que se confirmada a gravidade da notícia, as autoridades competentes serão contatadas.

Confira a nova publicação na integra:

"ESTE FOI O TEXTO QUE PUBLIQUEI NO DIA 18/11/2018

- As mensagens de difamação e ameaças até de morte não param de ocorrer nos comentários do meu facebook.
- Não sabia que estava sendo tão difamado.
- Mas só agora descobri que meu nome e foto saiu até nos jornais de Campo Grande e provavelmente vá atingir dimensão nacional.
- Sempre que escrevo meus textos, releio várias vezes para fazer correções e ter certeza de que não há ambiguidades. Neste momento li de novo, e algumas pessoas próximas me disseram que está ambíguo na parte que fala em pedofilia.
- EU QUIS DIZER QUE O VÍDEO FOI MONTADO DE FORMA CRIMINOSA PARA ME CALUNIAR.
- Já estou tomando as providências jurídicas cabíveis. (sic)"

Pedofilia ou abuso sexual? A pedofilia consta na CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) e diz respeito aos transtornos de personalidade causados pela preferência sexual por crianças e adolescentes.

O pedófilo não necessariamente pratica o ato de abusar sexualmente de meninos ou meninas.
No entanto, a prática configura crime quando se torna abuso sexual, ou seja, independentemente de qualquer transtorno de personalidade.

Sexo ou ato libidinoso com menor de 14 anos é estupro de vulnerável, independente de ter havido consentimento.

Em comentários ele reclama que esperava mais polêmica em sua postagem.
Em comentários ele reclama que esperava mais polêmica em sua postagem.
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