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Capital

Quem vende garante: compra de bombas cresce porque ninguém quer dividir tereré

Venda cresceu, não é difícil ver grupos nas ruas compartilhando, mas donos de lojas garantem que clientes mudaram comportamento

Liniker Ribeiro | 20/07/2020 16:51
Quem vende garante: compra de bombas cresce porque ninguém quer dividir tereré
Entre itens mais procurados, bombas desmontáveis tem caído no gosto dos consumidores, segundo comerciantes (Foto: Henrique Kawaminami)

Apesar de um costume "vetado" em tempos de pandemia, o novo coronavírus parece não ter afetado as vendas de itens para o tereré, bebida típica entre os sul-mato-grossenses e consumida tradicionalmente de um jeito perfeito para proliferação do vírus: nas rodas de conversa.

Em espaços como Orla Morena e Altos da Afonso Pena, não é difícil encontrar pessoas dividindo a bebida. No fim de semana, até em estacionamento de supermercado leitores do Campo Grande News flagraram a cena.

Mas nas lojas especializadas, na Capital, comerciantes garantem: a procura aumentou 30% nos últimos meses. Mas apesar de admitirem o incremento, garantem que a procura aumentou, principalmente, por copos e bombas, para que cada um tenha o seu e não compartilhe.

O aumento na venda destes itens, conforme quem vende, está ligado ao receio do compartilhamento de objetos entre pessoas. A atitude contrária, inclusive, é reprovada por especialistas e não recomendada pela Prefeitura de Campo Grande, como prevenção a covid-19, doença que já causou 228 mortes em Mato Grosso do Sul, sendo 59 delas na Capital.

“Muitos estão comprando acessórios, como copos e bombas, porque nem em casa o pessoal está querendo compartilhar”, afirma o comerciante Antônio Branco, dono de uma loja na Avenida Mato Grosso.

Quem vende garante: compra de bombas cresce porque ninguém quer dividir tereré
Bombas de inox também têm sido bastante procuradas por fácil higienização (Foto: Henrique Kawaminami)

Ainda segundo ele, nem mesmo os dias mais frios, característicos do mês de julho, período do inverno, afetaram às vendas. “Tereré é sazonal, era para estar vendendo menos, mas mantivemos, acho que por conta das pessoas estarem mais em casa”, aponta.

Opinião compartilhada pelo comerciante Robson Sanabria, de uma loja na Vila Margarida. Segundo ele, o consumo continua o mesmo, o que mudou foi o comportamento do campo-grandense. “Ninguém abandona o tereré, mas o pessoal está utilizando utensílios próprios, bombas e copos de inox, que você desmonta e consegue lavar mais fácil”, garante.

Robson indica ainda, que tem quem esteja aproveitando o “vício” para cuidar da saúde. “Também tem bastante procura por erva detóx e de eucalipto, que ajuda na imunidade. Na parte do chimarrão, aumentaram às vendas de ervas e remédios com o mesmo objetivo”, afirma.

Delivery – As lojas também estão entre os estabelecimentos que se reinventaram e investiram em entregas. Na loja de Robson, a procura pelo delivery cresceu 20%, em média. “Pedem em casa ou então ligam para já deixar o pedido pronto para que eles possam só passar e pegar, gastar o menor tempo possível no local”, afirma.

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