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Capital

Saiba o que fazer quando encontrar gato ou cachorro abandonado

Para quem oferece abrigo a animais de rua, mesmo que por poucos dias, já é aplicada a lei da posse responsável

Anahi Gurgel | 04/02/2018 10:16
Cadela encontrada em rua de Campo Grande foi encaminhada para o CCZ, onde recebeu medicamentos, cuidados médicos, está saudável e aguarda um novo lar. (Foto: Paulo Francis)
Cadela encontrada em rua de Campo Grande foi encaminhada para o CCZ, onde recebeu medicamentos, cuidados médicos, está saudável e aguarda um novo lar. (Foto: Paulo Francis)

Impossível mensurar quantos cães e gatos vivem nas ruas de Campo Grande, mas não é difícil encontrá-los perambulando pelos cantos da cidade, assustados, doentes ou com olhinhos pidonhos na frente de casa. Ao contrário do que muita gente pensa, não há muitas opções para quem se deparar com um deles: ou acolhe ou entrega ao município.

Campo Grande é uma das poucas cidades brasileiras que possui legislação específica para a posse responsável de cães e gatos, além de seguir determinações da legislação estadual.

De acordo com Ana Paula Nogueira, 34, médica veterinária do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), quando a pessoa encontrar um animal de rua, se não houver intenção de adotá-lo, a primeira providência deve ser entrar em contato com o CCZ.

"Nossas equipes recebem muitos chamados e dão prioridade aos casos mais graves, considerando o estado de saúde, atropelamentos, maus-tratos”, explica.

Médica veterinária Ana Paula Nogueira, recebe equipe dp Campo Grande News, na quinta-feira (01)
Médica veterinária Ana Paula Nogueira, recebe equipe dp Campo Grande News, na quinta-feira (01)

Ainda assim, todas as ocorrências são atendidas, embora seja comum não mais encontrar o animal no ponto onde foi avistado pelo autor da chamada.

Ela ressalta que muita gente fica comovida com o abandono, oferece comida, água e abrigo, mesmo que por poucos dias, sem imaginar os riscos a que está exposto. Portanto, a orientação é não colocar cães e gatos para dentro de casa, principalmente se não houver interesse na adoção.

“Não se sabe o histórico desse bichinho, como é comportamento, se é agressivo, seu estado de saúde. Ele pode até mesmo transmitir doenças, como leptospirose, toxoplasmose e ectoparasitas, para outros animais de estimação da casa e até mesmo a família”, alerta Ana Paula.

Sem contar que, passando mais de 3 dias sob “tutela”, o animal já é posse de quem o acolheu, de acordo com a legislação, cabendo-lhe todas as responsabilidades inerentes, como alimentação, vacinação, vermífugos e higiene.

Duas cadelas que foram encontradas nas ruas e levadas ao CCZ. Parecem irmãs, mas são companheiras de canil e aguardam adoção. (Foto Paulo Francis)
Duas cadelas que foram encontradas nas ruas e levadas ao CCZ. Parecem irmãs, mas são companheiras de canil e aguardam adoção. (Foto Paulo Francis)

O mito do “vira sabão” - Se enganha quem acredita que há prazo para “hospedar” animais no CCZ e que é feita eutanásia aleatoriamente quando há superlotação.

“Essa lenda leva muita gente a desistir de entregar o animal, preferindo deixá-lo na rua. Eles até oferecem alimentos, o que não é recomendado, mas sem um envolvimento oficial”, esclarece a veterinária.

Todo animal encaminhado ao CCZ passa por exames e recebe medicamentos, se houver necessidade. Somente ocorre eutanásia em situação de sofrimento extremo dele ou risco à saúde da população.

O prazo máximo para o animal ser resgatado é de três dias úteis. Se a posse não for reclamada, ele pode ser colocado para adoção.

Serviço - O serviço de recolhimento funciona das 7h às 21h, todos os dias da semana. O telefone é (67) 3313–5000 / 3313-5001.

Já para adoção, o horário é de segunda a sexta-feira, das 17h às 19h; sábados, domingos e feriados das 14h às 19h30. Os interessados devem portar documento pessoal e meio de transporte adequado.

"Me leva?". Cadela que chegou ao CCZ sem histórico, mas que esta saudável, foi posta para adoção. (Foto: Paulo Francis)
"Me leva?". Cadela que chegou ao CCZ sem histórico, mas que esta saudável, foi posta para adoção. (Foto: Paulo Francis)
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