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Capital

Santa Casa capta mais cinco órgãos para transplante fora de MS

Coração, pulmões e rins foram levados para São Paulo e Brasília

Geisy Garnes | 29/11/2017 17:12
Essa foi a segunda captações de órgãos da semana no hospital (Foto: Geisy Garnes/arquivo)
Essa foi a segunda captações de órgãos da semana no hospital (Foto: Geisy Garnes/arquivo)

A Santa Casa de Campo Grande voltou a ser palco do transplante de órgãos nesta quarta-feira (29), dia seguinte a doação do coração, rins, córneas e fígado do jovem Lucas Henrique Souza Matheus, de 21 anos. Desta vez, os órgãos captados salvaram vidas em São Paulo, Brasília e também na Capital.

O doador veio de Coxim - a 260 quilômetros de Campo Grande - sofreu um TCE (Trauma Cranioencefálico), ficou internado no hospital, mas teve o morte encefálica confirmada pelos médicos nesta terça-feira.

Com autorização da família, o coração, os dois rins e os pulmões do paciente, de aproximadamente 30 anos, foram captados por equipes de três estados e levados para em São Paulo e Brasília. Um dos rins permaneceu na Santa Casa, onde será transplantado em um paciente do interior de Mato Grosso do Sul.

Equipes do Hospital Albert Einstein serão responsáveis pelo transplante dos pulmões do doador, e médicos do Incor (Instituto do Coração) de São Paulo, voltaram a Campo Grande para uma nova captação de coração. Com um avião fretado pelo Governo de São Paulo os órgãos foram levados ao Estado.

Um dos rins será enviado a Brasília, onde o receptor já espera pelo transplante.

Lucas - O coração, o fígado e um dos rins de Lucas Henrique Souza Matheus, de 21 anos, que sofreu morte cerebral após ser atropelado na madrugada de sábado (25), foram captados na Santa Casa de Campo Grande nesta terça-feira.

O jovem foi atingido por um Hyundai HB20, conduzido pelo estudante de Medicina de 24 anos, preso por embriaguez no momento do acidente. A vítima atravessava a via na faixa de segurança, localizada na Ceará com a Rua Euclides da Cunha, quando foi atropelada pelo acadêmico que, segundo testemunhas, dirigia em alta velocidade. Lucas acabou arremessado a cerca de 10 metros.

A cirurgia de Lucas começou por volta das 10h30 e terminou pouco depois do meio-dia.
“Mas nada disso não seria possível se a família não tivesse a Bondade o amor ao próximo que eles tiveram. Mesmo neste momento de dor eles entenderam o gesto e estão compartilhando os órgãos do filho dele”, afirmou o médico do Incor Ronaldo Honorato.

O médico aproveitou para fazer um apelo a outras famílias. “Quanto mais órgãos forem doados, maiores chances de transplantes, 40% dos receptores morrem a espera de órgãos na fila”, destacou.

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