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Capital

Tempo seco "agrava" doenças respiratórias e superlota UPAs

Helton Verão | 21/08/2013 17:46
Tempo seco tem levado população em peso aos postos de saúde, as crianças são as principais vítimas do tempo seco (Foto: Helton Verão)
Tempo seco tem levado população em peso aos postos de saúde, as crianças são as principais vítimas do tempo seco (Foto: Helton Verão)

Os últimos dias tem sido de tempo seco e pouca chuva, o que eleva os problemas respiratórios em crianças e adultos. Já com problemas para dar conta da demanda, os postos de saúde de Campo Grande estão ainda mais sobrecarregados por conta das doenças causadas pelo clima, como problemas respiratórios, garganta irritada e a pele “rachada”.

Nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), as salas estão cheias, a maioria é formada por crianças. “Trouxe meu sobrinho de um ano que esta com nariz entupido, não tem dormido bem, culpa do tempo seco. Temos tomado todos os cuidados para ele não sofrer tanto, como dar soro pelo nariz e umedecer o local onde ele dorme”, conta Maria Elenice, com o sobrinho Vinícius no colo a espera de atendimento a UPA Coronel Antonino..

O instrutor de trânsito Júnior Félix, cruzou a cidade para buscar atendimento para a filha Milena, de 8 anos. Residente na Vila Nha Nha, ele levou a menina até o posto do Guanandi, mas o atendimento acontecia até às 13 horas. “Tive que vir aqui no Coronel Antonino. Ela está com dores pelo corpo, dificuldade para respirar, deve ser por causa do tempo seco. Tenho recorrido a toalhas molhadas no quarto dela para tentar conter esses problemas”, comenta Félix.

Já a dona de casa Nielta Pereira, 28 anos, recorre ao umidificador. Mãe de dois filhos, ela foi ao posto levar o pequeno Pedro para receber atendimento, ele apresentava os mesmos sintomas das demais crianças. “Mesmo com o umidificador ele está com dificuldade para respirar e com irritação na garganta. Isso vai terminar em virose”, prevê a do lar.

DicasEspecialista no assunto, o pneumologista Renato Rezende faz algumas recomendações de como não sofrer com o tempo seco. “Típico de maio a setembro, nesta época se deve beber bastante água, pelo menos dois litros para adultos; evitar exercícios físicos das 10h as 16h; ter uma alimentação saudável e claro a toalha molhada nos quartos, alias é bem mais efetivo que a bacia com água, pois a água não evapora do recipiente. Se possível um umidificador, melhor ainda”, recomenda Rezende.

“Em casos de problemas respiratórios até o sangramento deve-se recorrer ao soro fisiológico e a vaselina para evitar que o nariz fique seco”, completa Renato.

Além de todas essas dicas, o pneumologista lembra que um dos principais fatores que contribuem para comprometer a saúde são as queimadas. “Colocar fogo no lixo em quintais e em terrenos contribui significam ente aos problemas de saúde com o tempo seco”, avisa.

Só no fim de semana – O meteorologista do centro meteorológico da Uniderp/Anhanguera, Natálio Abrão, lembra que a umidade deve aumentar somente no fim de semana. Hoje a umidade na Capital está em 20%, lembrando que o ideal é de 60%.

A chance de chover em Campo Grande é de 20%. O Climatempo prevê tempo com bastante nuvens, mas sem chuvas na cidade.

Interior - O município de Coxim tem a pior situação em Mato Grosso do Sul, onde a umidade ficou em 15% e a temperatura chegou a 36°C hoje. Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Bataguassu, a umidade registraram 18% e a temperatura chegou aos 33°C.

Na sexta-feira (23), com aumento de nuvens e chances de chuva nas cidades de Miranda, Corumbá, Porto Murtinho e Bonito.

Já no fim de semana, o sábado será de tempo fechado na região sul do Estado onde as temperaturas podem cair até 10ºC. A região norte de Mato Grosso do Sul terá temperaturas mínimas de 21ºC e máxima de 36ºC.

Na Capital, o domingo será de temperatura mínima de 11ºC e máxima de 20ºC. A umidade relativa deve subir e chegar a 98% durante a manhã.

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