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Capital

Usando cartazes, moradores protestam contra empreendimento em bairro nobre

Moradores do Vivendas do Bosque dizem que a vizinhança não comporta prédio de 8 andares

Adriano Fernandes | 29/08/2020 12:03
Usando cartazes, moradores protestam contra empreendimento em bairro nobre
Moradores protestando em frente ao terreno onde será construído o edifício. (Foto: Adriano Fernandes)

Cerca de 30 pessoas, algumas com cartazes, fizeram hoje cedo protesto contra empreendimento que está sendo erguido na Rua Gonçalo Alves, Bairro Vivendas do Bosque, área nobre de Campo Grande. Os moradores alegam que a região não comporta o prédio e tentam barrar a construção.

O condomínio NEO terá 24 apartamentos distribuídos em uma torre de oito andares e tem previsão de ser entregue daqui a pelo menos 30 meses. Durante a manifestação, moradores seguravam cartazes com frases como "Não ao Neo" e "Pela diversidade, não ao Neo". Todos os participantes usavam máscaras e marcas foram feitas no asfalto para garantir o distanciamento entre os moradores.

“Essa obra terá um impacto muito grande no bairro. A rua é muito estreita, sem saída, não suporta o fluxo de veículos que vão começar a passar por aqui. Vai devastar a intimidades de todas as casas da região, sem falar o prejuízo a biodiversidade”, comenta o engenheiro eletricista, Orlando Ribas de Andrade, um dos participantes da manifestação.

Usando cartazes, moradores protestam contra empreendimento em bairro nobre
Moradores segurando cartazes durante o protesto desta manhã. (Foto: Adriano Fernandes)

“Nós entendemos que é um equívoco ter concedido a licença para a construção do edifício. Vai descaracterizar completamente o local, os moradores estão se sentindo invadidos, pois essa não é a concepção do bairro”, critica a  advogada Gisele Marques.

A construtora – De acordo com principal acionista da HVM, o empresário Rodolfo Holsback, o empreendimento atende a todas as demandas exigidas pela prefeitura.

“Todo os estudos sobre o impacto ambiental, populacional, se a rua atende a demanda ou não, tudo isso já foi visto, nada disso foi burlado. A prefeitura não aprova um empreendimento desses sem passar por todas essas questões”, concluiu.

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