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Capital

Viagem, chuva, sol e falta de tempo estão entre as desculpas dos eleitores

Osvaldo Júnior e Liniker Ribeiro | 18/03/2018 17:00
Movimento de eleitores estava mais tranquilo no fim da tarde deste domingo (Foto: Liniker Ribeiro)
Movimento de eleitores estava mais tranquilo no fim da tarde deste domingo (Foto: Liniker Ribeiro)

O que não falta é desculpa. "Estava viajando", "trabalho muito", "estava muito quente", "chovia", "a fila estava muito grande", são alguns dos pretextos usados pelos eleitores de Campo Grande na tentativa de explicar o porquê de estar até perto da última hora do último dia do cadastramento biométrico. Quem chegar depois das 17h não será atendido. 

Depois de horas de movimento intenso, a espera para realização do procedimento ficou bem mais calma no fim do dia no Memorial da Cultura, na Avenida Fernando Correia da Costa, em Campo Grande. Os atendimentos continuam depois das 17h, mas apenas para quem já estava no local antes desse horário. 

Viagem, chuva, sol e falta de tempo estão entre as desculpas dos eleitores

"Trabalho o dia todo. Ficou difícil conseguir tempo. Se eu chegasse às 3h, não ia adiantar. Teria que enfrentar fila do mesmo jeito. E de manhã, mas estava chovendo", alegou Aldo Leal

Entre os últimos dos últimos, está o microempresário Aldo Leal, 44 anos. "Trabalho o dia todo. Ficou difícil conseguir tempo", alegou Aldo. Neste domingo, no entanto, não teve jeito: ele encontrou tempo.

O empresário também ensaiou fazer a biometria mais cedo, neste último dia. "Mas se eu chegasse aqui às 3h da madrugada, não ia adiantar nada. Teria que enfrentar fila do mesmo jeito. Ia vir de manhã, mas estava chovendo", acrescentou.

Aldo teve agradável surpresa aos chegar próximo dos "45 minutos do segundo tempo". "Eu achei que a fila estava dando volta no quarteirão. Mas acabei me surpreendendo;. Está bem menor do que pensava".

Viagem, chuva, sol e falta de tempo estão entre as desculpas dos eleitores

"Já vim duas ou três vezes, mas desisti em todas elas. Estava sempre cheio de gente e o sol, muito forte. Não tinha condição! Sou brasileiro e brasileiro é assim", justificou André Paixão

Quem também fez alguns ensaios para se cadastrar foi o empresário André Luiz Paixão, 34 anos. "Já vim duas ou três vezes, mas desisti em todas elas. Estava sempre cheio de gente e o sol, muito forte. Não tinha condição!", justifica-se. "Brasileiro né?", completa como espécie de mea-culpa.

Com um braço engessado, devido a um acidente que sofreu, o vendedor Antônio Marcos, 24 anos, também estava entre os eleitores de última hora. "Estou com atestado. Devia estar em casa em repouso, mas tive que vir aqui", contou. Ele alegou que não fez a biometria antes por causa do acidente.

No entanto, com medo de ter alguma problema com o Fies (Financiamento Estudantil), Antônio resolveu fazer o procedimento. Ele cursa o 6º semestre de Fisioterapia. Ele também tem preocupação de não conseguir tomar posse em concurso público.

Viagem, chuva, sol e falta de tempo estão entre as desculpas dos eleitores

"Ah, foi por preguiça mesmo!", disse com sinceridade e bom humor a estudante Helena Rodrigues enquanto, fazendo pausa na leitura do livro "Crônica de um amor louco" 

A desculpa de Luís Fernando das Neves, 26 anos, inspetor de controle de qualidade, é que não estava em Campo Grande. "Estava em viagem no Paraguai. Cheguei ontem, por isso que não vim antes", alegou.

Diferente dos demais, a estudante Helena Rodrigues, 22 anos, não fez rodeios e nem buscou pretextos para justificar o porquê de deixar a realização do cadastro para o último dia. Com o livro "Crônica de um amor louco", de Charles Bukowski, nas mãos, a estudante fez uma pausa na leitura e respondeu à reportagem, com sinceridade e bom humor: "Ah, foi por preguiça mesmo!"

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