Vira-lata “Covid” chegou com pandemia para ser mascote na Agepen
Ao contrário da doença, todos querem ficar perto de cão adotado por policiais penais

Engana-se quem pensa que em ano de pandemia não há boas histórias para contar, como a de amor, carinho e solidariedade que envolve policiais penais da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e o pequeno cão vira-lata “Covid”, que há seis meses alegra a rotina pesada de trabalho dos agentes.
Mascote oficial do COPE (Comando de Operações Penitenciárias), o animal de pelos caramelos foi adotado doente e debilitado, e logo roubou o coração de servidores altamente treinados.
“Todos nós nos unimos e providenciamos os cuidados necessários, como remédios, vacinas e alimentação, e também compramos uma casinha para ele”, conta o comandante João Bosco Correia, quem levou o cão para a base do COPE.
Pelo estado debilitado que apresentava no início, o animal passou a ser chamado em tom de brincadeira por Covid, mas o nome acabou pegando e, diferente da doença provocada pelo novo coronavírus, todos fazem questão de estar perto dele.
Covid, inclusive, tem acesso a vários espaços da base instalada em Campo Grande e, conforme os policiais penais, seis meses depois, o pequeno cãozinho já age como membro da equipe. “Até na viatura ele entra e quer ficar quando os servidores se preparam para alguma missão, mas a função dele não é operacional, é de mascote mesmo e, por isso, ele não vai junto, já que são ações de segurança”, destaca a Agepen, em nota.
Além de trazer mais amor e alegria para o ambiente que para muitos pode parecer “pesado”, devido as atividades desempenhadas pelos agentes, Covid também tem se saído ótimo cão de guarda. Basta chegar alguém que não esteja com o uniforme do grupo da Agepen, que ele já estranha.
“Até para nós ele late enraivecido quando chegamos com roupa civil”, revela o comandante.
Os cuidados com a saúde e bem estar do vira-lata ficam por conta da veterinária Lorena Godinho, que voluntariamente trata do cão, quando preciso.
Quebrando padrões – Saudável, Covid hoje também tem ajudado a desmistificar a imagem dos policiais penais.
“Às vezes, nos veem nas missões e têm uma visão que somos marrentos, por conta da seriedade com que temos que encarar nosso trabalho, que é extremamente operacional e exige muita disciplina, concentração e um rígido protocolo de procedimentos, mas isso é só por conta do trabalho mesmo”, comenta Bosco, referindo-se ao amor com que os policiais penais tratam o mascote. “Ele é um de nós”, finaliza.
*Com informações da Agepen.