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Cidades

Com bebê nos braços, mãe vê simulação da morte do filho

Redação | 06/07/2009 16:44

Patrícia Ribeiro Alves participou hoje à tarde da simulação do assassinato do filho Miguel, de 2 anos, morto com um tiro no peito dia 04 de abril deste ano, no Bairro Moreninha II, em Campo Grande. Com o outro filho nos braços, ela descreve a sensação de participar do procedimento policial como "horrível".

Cerca de 16 agentes do 4º DP (Distrito Policial) e peritos do Instituto de Criminalística fizeram a reprodução. A Rua Ipamirin foi interditada no cruzamento com a Rua Barueri, para a realização do procedimento, em frente ao ponto de mototáxi onde trabalha o pai do menino, local onde ele foi atingido.

Segundo o delegado titular Wellington de Oliveira, o objetivo do trabalho é coletar provas para encaminhar ao poder judiciário, já que os acusados deverão ser submetidos a júri popular. Phellipe Rodrigues Nunes de Carvalho, 24 anos, está preso pelo crime.

As investigações apontam que ele conduzia a motocicleta usada por Wesley Fabiano Dronave de Souza para chegar ao local do crime. Souza é apontado como autor do disparo que vitimou o menino, porém, está foragido.

O alvo do crime era Jorge Luiz da Silva, o Berinjelinha, que era evadido da Colônia Penal Agrícola e também acabou capturado após a morte de Miguel. Berinjelinha era perseguido por um acerto de contas.

Na noite do crime, a mãe fez como de costume, levou os filhos para o trabalho do esposo, Mauro César Chaves da Costa, um ponto de mototáxi no Bairro Moreninha II.

Patrícia se preparava para ir embora quando viu os dois motociclistas chegarem ao local e atirar em um rapaz. Miguel correu para proteger o irmão Gabriel, que estava no carrinho.

Miguel chegou a ser socorrido mas morreu instantes após receber atendimento.

Patrícia lembra do dia em que perdeu o filho e reconhece os dois acusados. Já Carvalho, preso pelo crime, nega qualquer envolvimento com a morte.

Entretanto, a reprodução simulada feita hoje confirma a participação dele e de Souza no homicídio. O delegado revela que irá representar pela prisão preventiva dos acusados.

Carvalho está preso com base em mandado de prisão temporária, que já foi prorrogada pelo poder judiciário. Ele não participou da reprodução porque integra o crime organizado, segundo o delegado.

O pai de Miguel também foi hoje ao local para ver o procedimento. Ele diz estar aliviado com a prisão, mas pondera: "não traz meu filho de volta".

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