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Cidades

Com modelo de pontuação, ansiedade dos candidatos é pelo desempenho de colegas

Paula Maciulevicius | 25/10/2011 19:01

Alunos se dizem tranquilos quanto às respostas, mas confirmação só virá mesmo em janeiro do ano que vem, com a saída da pontuação

Gabaritos não oficiais e até mesmo o caderno de provas já viraram exercícios nas salas de aula. (Foto: Pedro Peralta)
Gabaritos não oficiais e até mesmo o caderno de provas já viraram exercícios nas salas de aula. (Foto: Pedro Peralta)

Por conta do modelo de pontuação adotado no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a ansiedade dos candidatos no pós prova é mais pelo desempenho dos concorrentes do que pela saída do gabarito oficial.

Gabaritos não oficiais e até mesmo o caderno de provas já viraram exercícios nas salas de aula e cursinhos de todo país. Os alunos se dizem tranquilos quanto às respostas, mas acreditam que confirmação só virá mesmo em janeiro do ano que vem, quando deve sair a pontuação de cada estudante.

Para Patrícia Sisti, de 17 anos, que faz o Enem pela segunda vez com o desejo de cursar Relações Internacionais ou Direito, só mesmo em janeiro para ter certeza do desempenho.

“Eu acho que fui bem, por não ter estudado desde o começo do ano. Eu já conferi com o gabarito que saiu, dá para ter uma ideia, mas não tem como saber mesmo antes da pontuação”, comenta a estudante.

A metodologia utilizada no Enem, a TRI (Teoria de Resposta ao Item) usa um esquema complexo para avaliar as habilidades de cada candidato e não depende apenas do número de acertos e erros do estudante, como nos vestibulares tradicionais, mas do nível de dificuldade de cada item.

Questões com baixo índice de acertos são considerada “difíceis” e, portanto, tem mais peso na pontuação final. As que têm alto índice de acertos são classificadas como “fáceis” e contam menos pontos na nota final do candidato.

“Por poucos conseguirem acertar, a questão tem que valer mais, tem que ser merecido”, diz Patrícia sobre o método de pontuação.

A ansiedade parece tomar conta de João Marcos Rocha Sanches, de 17 anos. O aluno também realizou a prova pela segunda vez neste final de semana. Pensando em Engenharia Civil ou Medicina, a vontade de conferir as respostas parece falar bem alto.

“Eu já conferi com o que saiu na internet, mas algumas questões deram diferente. Eu vou esperar o oficial. Já entrei umas 20 vezes só hoje”, confessa.

O diretor da NovaEscola, professor Chuck sente que em sala de aula os alunos estão bastante ansiosos.

“Eles se saíram muito bem, então a expectativa é muito grande, mas a ansiedade é a pontuação, como o nível foi muito acessível, é uma indefinição maior ainda”, explica.

O estudante Luís Alberto Luft, de 16 anos, diz estar tranquilo em relação ao gabarito. Sem computador, depois que o de casa estragou, ele só conferiu as questões de matemática.

“Eu achei boa essa mudança, foi para melhor, só quem realmente sabe matemática vai entrar em determinados cursos”, comenta.

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