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Cidades

Doutoranda estuda uso de moscas varejeiras na investigação de crimes

Viviane Oliveira | 12/07/2015 09:23
As pesquisas são realizadas no laboratório da UEMS. (Foto: Divulgação)
As pesquisas são realizadas no laboratório da UEMS. (Foto: Divulgação)

Uma mosca varejeira pode auxiliar a polícia a desvendar crimes? A resposta vem de um grupo de pesquisa que desenvolve trabalho na área de Entomologia Forense. Doutoranda da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) analisa insetos e demais animais em processos criminais. O estudo promete afirmar com mais precisão o tempo de morte de um cadáver encontrado em decomposição há mais de cinco dias.

De acordo com a pesquisadora Michele Castro de Paula, a Entomologia Forense já é usada fora do Brasil para desvendar crimes e o tempo de morte através da impressão digital dos insetos que ajudam a decompor os corpos. “Amostras das larvas do inseto encontradas no corpo serão recolhidas. O ciclo de vida da mosca vai ajudar a saber com mais exatidão o tempo entre a morte de uma pessoa e a descoberta do corpo, chamado de intervalo pós-morte”, explica.

As moscas varejeiras são as primeiras a colonizar um corpo após a morte. Além delas, vem os besouros, formigas e baratas. “Porém, as mais importantes para entomologia forense são as moscas”, destaca a doutoranda.

Há cerca de um mês a universidade fez parceria com a Polícia Cientifica de Dourados para que o estudo seja colocado em pratica, mas por enquanto ainda não teve nenhum caso de cadáver encontrado há mais de cinco dias de decomposição.

Formada em Biologia, Michele conta que a intenção é criar um banco de dados para que sejam comparadas as amostras. “Quando o corpo está em estágio avançado fica mais difícil estimar com precisão o tempo de morte e é ai que entra o trabalho com os insetos”, pontua.

Além do tempo de morte, também é possível identificar através das moscas a indicação sobre o local de um assassinato, como por exemplo, se a pessoa foi assassinada onde o corpo foi encontrado ou se apenas foi deixada ali.

A pesquisa é desenvolvida pelos alunos da UFGD no Labeco (Laboratório de Ecologia Comportamental) da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Dourados.

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