Em três dias de greve de funcionário da Oi, até banco fica sem internet
Os três dias de greve dos trabalhadores da Telemont, responsáveis pela manutenção dos serviços de internet e telefonia fixa e móvel da Oi em Mato Grosso do Sul, foram suficientes para deixar clientes sem assistência técnica.
A operadora entrou na Justiça, que determinou que os funcionários voltassem à ativa. Mas a decisão vale até terça-feira e a categoria não descarta nova paralisação, caso não haja acordo.
Segundo o presidente do Sinttel/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações), na tarde de ontem (27), todas as agências da Caixa Econômica Federal de Campo Grande ficaram sem internet por cerca de 40 minutos.
“A linha de ADSL parou. Normalmente, o reparo é feito de imediato, porque este caso engloba dois serviços essenciais em só: bancos e internet. Mas a mão-de-obra estava reduzida e levou mais tempo”, explica Rafael Gonzalez.
Na Capital, 1,3 mil técnicos trabalham para a Oi por intermédio da Telemont, e realizam, em média, dez atendimentos diários. Ontem, 390 deles – ou 30%, como determina a legislação trabalhista - estavam disponíveis para atender solicitações de clientes.
“O que acontece é uma reação em cadeia. Se a rede de telefones fixos de um bairro apresentar algum problema, o normal é que a pessoa passe a usar o celular. Aí a rede de telefonia móvel fica sobrecarregada, pode ter uma pane”, exemplifica Gonzalez.
Greve – Na segunda-feira (26), 2,5 mil funcionários da Telemont no Estado cruzaram os braços por melhores salários. Eles pedem que o salário-base, de R$ 780, aumente para R$ 1,2 mil.
O acordo coletivo da empresa acontece em maio e, como o mês termina em três dias, o prazo de negociação está se esgotando. Até o momento, foram três reuniões entre trabalhadores e patrões, sem consenso firmado.
