ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 27º

Cidades

Falta de verba pode fechar Santa Casa na Capital e mais sete hospitais em MS

Edivaldo Bitencourt e Aline dos Santos | 10/04/2015 15:46
Durante coletiva na Santa Casa, secretário Nelson Tavares diz que problema é maior (Foto: Marcelo Calazans)
Durante coletiva na Santa Casa, secretário Nelson Tavares diz que problema é maior (Foto: Marcelo Calazans)

O déficit nas contas não é um problema restrito a Campo Grande. Além da Santa Casa da Capital, mais sete hospitais no interior do Estado podem fechar as portas por falta de recursos, segundo o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares. Ele fez a revelação ao participar, na manhã de hoje, da reunião para discutir a crise na saúde campo-grandense.

Em Campo Grande, o maior estabelecimento hospitalar estadual condiciona a permanência do atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ao repasse de R$ 3 milhões por mês. O prefeito Gilmar Olarte (PP) sinalizou que mantém a verba, mas quer rachar a ajuda com o Estado, que ficaria com 50%.

No entanto, segundo o secretário estadual de Saúde, a situação é complicada. Ele destacou que existem oito pedidos de socorro dos hospitais.

A Santa Casa de Corumbá e os hospitais regionais de Aquidauana e Paranaíba estão fechando as portas. A situação se repete nas cidades de Três Lagoas, Bataguassu, Naviraí e Bela Vista. Ele destacou que a saúde movimento em torno de R$ 2 bilhões no Estado, mas não há recurso para organizar a crise financeira.

A Santa Casa de Bataguassu pediu ajuda de R$ 70 mil por mês. O Hospital de Naviraí quer mais R$ 700 mil, mas já suspendeu o atendimento aos pacientes dos municípios vizinhos.

No entanto, o caos também compromete a rede privada. De acordo com Tavares, pacientes particulares também estão sofrendo com a falta de leitos. Neste caso, os pacientes são encaminhados e atendidos na rede pública.

A crise econômica complica ainda mais a situação, na avaliação do secretário. Outro problema é a municipalização da saúde, porque as prefeituras possuem autonomia na gestão dos recursos. “Cada um trabalhando por si, que é a mãe dessa desorganização que a gente vê hoje. O Estado volta a desempenhar o papel de coordenador”, destacou.

Uma das saídas para a crise é a reestruturação da rede hospitalar estadual. Alguns estados conseguiram reestruturar e avançar mais que Mato Grosso do Sul, de acordo com Nelson Tavares. “Nós não podemos fazer mais do mesmo”, destacou.

Na sua avaliação, o novo modelo, proposto pelo Governo estadual, dará certo e deverá melhorar o sistema. “A saída é exatamente essa na área de saúde, trabalhar para reestruturar a lógica”, destacou. E reconheceu o setor é apontado como ruim e considerado prioridade por 80% da população sul-mato-grossense.

Nos siga no Google Notícias