Gratificação 'ilegal e imoral' de até R$ 11 mil para servidores é cortada
Novos critérios de pagamento serão adotados junto a Procuradoria Geral do Município
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), disse na manhã deste sábado (11) que vai rever as gratificações de cerca de 90% dos servidores municipais, entre concursados e comissionados, que recebiam gratificações com variação de R$ 350 a R$ 11 mil por mês.
De acordo com Trad, o pagamento já foi suspenso. Novos critérios serão adotados a partir de análise da PGM (Procuradoria Geral do Município).
"Gratificação deveria ser temporária e em curto prazo. Muitos servidores estavam ganhando há mais de um ano", disse Trad.
Conforme o administrador de Campo Grande, 'o plus' era uma forma sem critérios de aumentar os salários. "O ato é considerado imoral e ilegal. A lei estava sendo ofendida tanto a questão legal quanto moral", afirmou Trad.
Marquinhos reconheceu que o ato não agradou os servidores municipais, mas ressalta que vai buscar uma forma legal de continuar pagando, sem ofender a legislação. "Vamos estudar como pode dar esse incentivo. Vamos fazer um estudo para fazer", finalizou.
O prefeito não falou de quanto era o gasto do Executivo com o benefício. Considerando os números divulgados e a quantidade de servidores municipais, é possível presumir que, se o valor mínimo fosse pago aos cerca de 20 mil funcionários, não custaria menos de R$ 7 milhões aos cofres da Prefeitura.