“Se aprovar, eu veto”, afirma prefeita ao negar pedido de aumento
Délia Razuk disse que prefeitura apenas atendeu pedido da Câmara ao enviar estudo sobre eventual reajuste de seu salário
A prefeita de Dourados Délia Razuk (sem partido) disse que se a Câmara de Vereadores aprovasse aumento de 55,27% de seu salário, do vice-prefeito Marisvaldo Zeuli e dos secretários, ela vetaria imediatamente. “A situação atual do município não permite discutir esse aumento. Jamais eu aceitaria isso”, afirmou Délia, ao Campo Grande News.
Nesta quinta-feira (12), a reportagem teve acesso a documento enviado ao Legislativo solicitando a aprovação de um projeto de lei para reajustar os salários. As principais alegações são de que os salários estão congelados desde dezembro de 2004 e que o subsídio, de R$ 13.804,56 por mês, dificulta a contratação de profissionais de vários setores, já que a lei impede qualquer funcionário público ganhar mais que o chefe do Executivo.
Em “nota de esclarecimento”, a prefeitura chamou de “notícia infundada” a informação sobre o reajuste de salários da prefeita, do vice-prefeito e dos vereadores de Dourados.
“Não existe nenhuma proposta, nenhum projeto e nenhuma iniciativa por parte da Prefeitura Municipal no sentido de promover qualquer reajuste do salario dessas autoridades. A Prefeitura Municipal reconhece as dificuldades que vem enfrentando e por isso mesmo não vai tomar nenhuma medida nesse sentido e tampouco apoiar qualquer proposta que trate desse assunto”, afirma a nota.
Ainda segundo a prefeitura, o levantamento feito por técnicos a respeito do congelamento desses salários “prende-se ao fato de que a Câmara Municipal, a cada quatro anos, precisa decidir a respeito do assunto, não representando assim qualquer proposta ou sugestão do Executivo”.
A nota é encerrada com a frase “se depender da prefeitura, não haverá qualquer tipo de reajuste. É a verdade”.
Ao Campo Grande News, Délia Razuk afirmou que o documento sobre o reajuste foi enviado pelo secretário municipal de Fazenda Carlos Dobes a pedido da Câmara. O presidente do Legislativo, Alan Guedes (DEM), disse que vai se manifestar também em nota oficial.
