Acusado de atirar no patrão da noiva, empresário flagrado com armas é solto
Homem de 38 anos foi preso terça-feira com carabina, pistola e 2 revólveres; ele pagou fiança de R$ 7.545
Flagrado com uma carabina, uma pistola, dois revólveres e quase 250 munições, empresário de 38 anos de idade pagou fiança de R$ 7.545 e foi solto, na noite desta quarta-feira (23), em Dourados, a 251 km de Campo Grande.
RESUMO
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Empresário de 38 anos, detido em Dourados (MS) por porte ilegal de armas, foi solto após pagar fiança. Ele portava uma carabina, uma pistola, dois revólveres e quase 250 munições. O suspeito, registrado como CAC (Caçador, Atirador e Colecionador), estava sendo investigado por tentativa de homicídio contra o patrão de sua noiva. O empresário, dono de uma empresa de manutenção de máquinas agrícolas, confessou informalmente ter atirado na picape da vítima por ciúmes. As armas de calibre 9mm encontradas em sua caminhonete estavam regulares, mas ele não possuía guia de trânsito para porte. Em sua residência, a polícia apreendeu dois revólveres, um calibre 22 e outro 38 com numeração raspada, além de munições. A justiça concedeu liberdade provisória mediante fiança, considerando seus antecedentes limpos e a necessidade de mais investigações sobre a tentativa de homicídio.
Dono de empresa de manutenção de máquinas agrícolas e registrado como CAC (caçador, Atirador e Colecionador), o empresário havia sido preso na manhã de terça-feira (22) por policiais civis e policiais militares rodoviários na MS-162, entre Dourados e o distrito de Itahum.
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Ele já estava sendo investigado como suspeito de ter disparado tiros contra a picape Fiat Toro de outro empresário, também morador no distrito de Itahum. O caso ocorreu no dia 18 deste mês.
O alvo da tentativa de homicídio é patrão da noiva do CAC. Ao ser detido, na terça, ele confessou informalmente que havia disparado os tiros, por ciúmes. Segundo a versão dele, o patrão estaria “paquerando” sua noiva.
De acordo com a Polícia Civil, o CAC já estava sendo investigado pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) após ser apontado como suspeito do atentado a tiros, no dia 18. Os disparos acertaram a picape Fiat Toro, mas o condutor não ficou ferido.
Na manhã de terça-feira, o CAC foi abordado pelos policiais no posto da Polícia Militar Rodoviária na MS-162. Na caminhonete Toyota Hilux dele, os policiais encontraram a carabina e a pistola, ambas calibre 9 milímetros. As armas estavam travadas e descarregadas, mas no veículo também foram localizados 200 cartuchos do mesmo calibre.
O empresário apresentou documentos das armas informando ser CAC. Entretanto, segundo o delegado Lucas Albe Veppo, chefe do SIG, a guia de trânsito tinha como finalidade apenas a prática de caça e não “defesa pessoal” como ocorria naquele momento.
Na casa dele, no distrito de Itahum, os policiais apreenderam um revólver calibre 22 e outro calibre 38, com numeração raspada, além de 43 cartuchos dos dois calibres. O empresário alegou ter herdado essas armas. Nenhuma possuía registro. Na delegacia, onde foi autuado, ele não se manifestou sobre a tentativa de homicídio contra o patrão da noiva. Esse caso é alvo de outra investigação.
Durante audiência de custódia, nesta quarta-feira (23), o juiz Ricardo da Mata Reis concedeu liberdade provisória ao CAC mediante pagamento de fiança de cinco salários mínimos. Ele levou em conta o fato de o empresário ser primário e ter bons antecedentes.
“Ainda que a abordagem tenha sido motivada por supostos disparos pretéritos, dos quais ele seria suspeito, tal informação encontra-se desacompanhada de maiores elementos de corroboração no momento, necessitando de maiores esclarecimentos. Além disso, trata-se de fato diverso e anterior à prisão em flagrante, o que não justifica a imposição da medida extrema da prisão cautelar”, afirmou.
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