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Antes de queimar mulher viva, jovem ficou três horas em bar, bebendo

Mateus de Souza Bento foi preso ontem no Paraná e contou detalhes do assassinato de Rocio Jazmin

Helio de Freitas, de Dourados | 19/07/2023 12:03
Mateus de Souza Bento, em foto de dezembro de 2019 (Foto: Reprodução/Facebook)
Mateus de Souza Bento, em foto de dezembro de 2019 (Foto: Reprodução/Facebook)

Mateus de Souza Bento, 22, preso ontem (18) pelo assassinato de Rocio Jazmin Espindola, 29, ocorrido na madrugada do dia 9 deste mês em Naviraí (a 359 km de Campo Grande), passou três horas no bar bebendo antes de voltar ao local do crime e atear fogo na vítima, ainda viva.

Localizado por policiais civis de Mato Grosso do Sul em Amaporã (PR) – onde morava antes de se mudar para Naviraí – o jovem confessou o crime e contou detalhes de como assassinou a namorada.

Segundo a versão dele, os dois saíram para beber no sábado (8). Depois de algum tempo, disse ter chamado Rocio Jazmin para irem embora, mas a vítima teria se negado, pois queria continuar na rua, para usar drogas. Mateus negou ser dependente químico, mas afirmou que a namorada usava crack.

Os dois teriam começado a brigar na rua e durante a discussão, ele a puxou para a casa abandonada na Rua Rússia, área central da cidade. Dentro da casa, Mateus passou a agredir a companheira. Com um tijolo de 8 furos, desferiu vários golpes no rosto dela.

Ao ver que a vítima estava desmaiada, o criminoso deixou o local e voltou para casa, onde trocou de roupa, pegou um litro de gasolina, colocou na mochila e saiu novamente.

Com a mochila, Mateus foi até um bar a 70 metros do local do crime e ali ficou consumindo bebida alcoólica por cerca de três horas. Depois, voltou até a casa abandonada, jogou gasolina na namorada que permanecia desacordada, ateou fogo e foi para casa.

Mateus Bento é colocado em viatura após ser preso em Amaporã, no Paraná (Foto: Divulgação)
Mateus Bento é colocado em viatura após ser preso em Amaporã, no Paraná (Foto: Divulgação)

Vizinhos da casa da Rua Rússia perceberam o incêndio e chamaram o Corpo de Bombeiros. De nacionalidade paraguaia, Rocio Jazmin morava no Brasil há alguns anos, mas ainda não tinha documento brasileiro. Segundo o médico legista que fez o exame necroscópico, a vítima ainda estava viva quando foi carbonizada. A morte foi causada por queimadura das vias aéreas e asfixia térmica.

Imagens de câmeras de segurança captaram os dois saindo de casa, Mateus voltando sozinho depois, saindo novamente com a mochila, e de madrugada, quando voltou após consumar o crime.

Ouvido na delegacia na segunda-feira (10), Mateus declarou que a mulher havia saído no sábado à noite e não voltou mais para casa. Alegou ter tomado conhecimento da morte apenas no domingo e negou envolvimento no crime.

Entretanto, a Polícia Civil conseguiu reunir elementos apontando Mateus como principal suspeito do crime. A prisão preventiva dele foi decretada pela Justiça, mas o suspeito fugiu antes de ser capturado.

Em novas investigações, os policiais da 1ª Delegacia de Polícia localizaram o paradeiro de Mateus em Amaporã, cidade na região de Paranavaí e a 205 km de Naviraí. Com apoio da Polícia Civil paranaense, os investigadores sul-mato-grossenses o prenderam ontem à tarde.

Confrontado com os fatos apurados, Mateus Bento confessou nos mínimos detalhes como matou a companheira. Ele passou por audiência de custódia ontem e ainda nesta quarta-feira deve ser levado para o presídio.

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