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Interior

Após histeria coletiva, mãe confessa que mentiu sobre sequestro do filho

Adolescente que mora na Vila Cachoeirinha admitiu à polícia que inventou a história e depois ficou com medo de contar a verdade

Helio de Freitas, de Dourados | 07/07/2017 09:01
Polícia Civil investiga outra denúncia, mas delegado considera história “inconsistente” (Foto: Osvaldo Duarte)
Polícia Civil investiga outra denúncia, mas delegado considera história “inconsistente” (Foto: Osvaldo Duarte)

A história de que um casal tentou roubar uma criança de dois anos de idade na Vila Cachoeirinha, bairro da região sul de Dourados, a 233 km de Campo Grande, no dia 29 de junho, quinta-feira passada, era mentira. Foi inventada pela mãe, de 17 anos de idade.

Desde a semana passada, uma onda de boatos sobre o casal que estaria tentando roubar crianças tomou conta das rodas de conversa e redes sociais em Dourados e até em cidades vizinhas.

Ontem, em entrevista ao Campo Grande News, o delegado regional da Polícia Civil, Lupérsio Degerone, definiu a boataria como “histeria coletiva” e pediu para a população não espalhar notícias falsas.

História mentirosa – O caso denunciado pela adolescente que admitiu a mentira foi o segundo a se espalhar em Dourados na sexta-feira (30). Na manhã daquele dia, uma moradora do Jardim Guanabara, região norte de Dourados, procurou a Polícia Civil e denunciou que um casal, em um Voyage preto, tentou roubar seu filho de oito meses.

Horas depois, a moradora da Vila Cachoeirinha ligou para a polícia e disse que um casal também tentou levar seu filho, de dois anos. Foi o suficiente para o boato se espalhar. “Teve pai que não queria levar os filhos para a escola”, disse o delegado.

Ontem à tarde, a moradora da Vila Cachoeirinha admitiu a policiais do SIG (Serviço de Investigações Gerais) que inventou a história.

Ela contou que primeiro inventou a história para a cunhada e o tio dela. Depois contou a mentira para o marido. Só no dia seguinte percebeu que a invenção estava “bombando” nas redes sociais.

Procurada pela polícia, ela ficou com medo de desmentir a história e acabou registrando um boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia. Ontem, o delegado Lupérsio Degerone afirmou que a história era inconsistente, mas a polícia mantinha as investigações.

No período da tarde, a adolescente foi chamada para outro depoimento e confessou a mentira. Autuada por falsa comunicação de crime, ela não explicou o motivo de ter inventado a história.

Outro caso – A polícia continua investigando a suposta tentativa de sequestro ocorrida no Jardim Guanabara. Segundo a denúncia feita pela mãe de 21 anos de idade, uma mulher entrou no quintal de sua casa e tentou pegar seu filho, de oito meses, que estava no andador.

Ela disse que teve de tomar a criança dos braços da sequestradora, que saiu correndo e fugiu em um Voyage preto, dirigido por um homem.

“Verificamos as câmeras de seguranças nas proximidades do suposto ataque e nenhum carro com as características apontadas foi identificado”, explicou o delegado regional. Segundo ele, as investigações continuam, mas história também apresenta “inconsistências”.

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