Artesãos de 5 cidades se unem para criar linha de peças para Copa do Mundo
Artesãos de cinco cidades sul-mato-grossenses se mobilizaram para venda de produtos na Copa do Mundo de 2014 e se reúnem, esta semana, em Ribas do Rio Pardo para criarem uma linha de peças artesanais feitas com madeira e fibras naturais. Eles contam com apoio dos designers Lars Diederichsen e Paula Mendonça.
De acordo com a consultora Patrícia Caldas, o Sebrae Nacional abriu espaço nas unidades regionais implantarem o trabalho nas cidades interessadas. Ela conta que profissionais renomados e qualificados de outros estados puderam orientar os artesãos para uma produção comercial graças ao apoio da prefeitura e do Departamento Municipal de Cultura.
Designer do Instituto Meio, em São Paulo (SP), Lars Diederichsen orienta os artesãos a considerarem diversos aspectos importantes em uma produção comercial. Para ele, é necessário manter a característica artística.
Diederichsen destaca que todas as peças – acessórios de moda, bolsas, nécessaires, utilitários para decoração interna de ambientes e outros – devem ter design voltado para o momento internacional que o Brasil viverá com a Copa do Mundo de 2014. “Seja com fibra de taboa ou de bananeira”, comenta.
Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Ribas, a oficina ministrada pelos designers é o começo da conquista de grandes mercados. Na próxima semana, virá a fase de aperfeiçoamento e depois a finalização com ficha técnica, marca e apresentação do produto.
“Estamos focados na definição de produtos para geração de renda, produtos para o comércio, com tamanhos e formas que o turista possa levar do Brasil com facilidade. Vi grandes possibilidades neste grupo”, explica Diederichsen.
A cidade de Ribas do Rio Pardo ofereceu melhores condições para a realização da oficina com artesãos dos municípios de Dourados (Indápolis), Itaquiraí, Rio Brilhante e Naviraí e por isso foi escolhida como sede das oficinas.
Enquanto moldava a figura de um tucano em formato de petisqueira, a artesã Zenilda dos Santos Guilherme, moradores de Naviraí, destacou a importância do conhecimento obtido durante a capacitação.
Já Maria Leida, artesã da cidade anfitriã, defendeu que a oficina enriquece o conhecimento ad categoria e contribui para o desenvolvimento de técnicas. “Comecei trabalhando com retalhos, passei a utilizar a fibra da taboa e agora vou juntar tudo isso com a madeira”, comemorou.