Assassino confesso de major do Exército é condenado a 14 anos de prisão
Bruno da Rocha, assassino confesso do militar da reserva do Exército Paulo Setterval, foi condenado a 14 anos de prisão em julgamento, nesta sexta-feira (11), 1 ano e 8 meses após o crime. O júri foi realizado em Bonito, a 257 quilômetros da Capital, cidade onde Paulo foi morto em frente ao hotel onde estava hospedado com a família.
Na decisão, o juiz Raul Ignatius Nogueira levou em consideração ponderamentos do Conselho de Setença, que reconheceu o fato de Bruno ter confessado o crime, apesar de ter se mantido em silêncio no plenário, apenas tendo dito que se sente arrependido pelo crime.
Com isso, a pena por homicídio qualificado de 17 anos caiu para 14 anos em regime fechado.
O julgamento era muito aguardado pela família de Setterval. Ontem, um dia antes do réu ir a júri, a esposa do professor e militar da reserva revelou ao Campo Grande News a angústia de aguardar tanto tempo para conclusão do caso, mas que a partir de hoje, poderá reescrever uma nota história.
“Será um ponto final para eu começar a escrever um novo paragrafo na outra linha”, resumiu a professora e advogada, em entrevista.
Hoje, após o resultado, Elaine voltou a conversar com a reportagem. Apesar do momento difícil, a esposa do major se diz aliviada. "Não foi nada fácil. Mas só de saber que estou voltando pra Campo Grande com isso encerrado, já alivia um pouco", afirmou.
O crime – Paulo Setterval foi morto no dia 14 de abril de 2019, ocasião em que a família estava a passeio na cidade turística d Bonito. A viagem, que deveria resultar em boas recordações, se tornou motivo de tristeza para a família.
Paulo foi morto com uma facada na região do tórax após se negar a dar cigarro a Bruno. O golpe foi fatal. Antes de deixar o quarto de hotel, o major da reserva se despediu da amada como sempre fazia. “Ele avisou que estava indo fumar, pedi para ficar, ele falou que já voltava. Como sempre fez, se despediu de mim dizendo “beijo, te amo”, lembrou Elaine.
Confira mensagem em vídeo gravada pelo advogado de acusação José Roberto da Rosa, ao lado de Elaine Setterval, após julgamento
