Defesa alega que fábrica em Terenos não produz bebidas desde 2020
Advogada de Márcio Veron afirma que o local funcionava apenas como centro de distribuição de embalagens

A advogada Talita Dourado Aquino, que representa Márcio Roberto Veron, preso nesta quarta-feira (6) durante operação da Polícia Civil e do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), afirma que o cliente não produzia mais bebidas alcoólicas e que o local funcionava apenas como um centro de distribuição de embalagens.
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Veron é apontado pela polícia como responsável por uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas que funcionava na zona rural de Terenos, a 28 quilômetros de Campo Grande. A ação foi conduzida pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), que encontrou uma grande quantidade de materiais usados na produção e falsificação de bebidas.
Durante a fiscalização, os agentes apreenderam rolos de rótulos falsificados da marca “Shirlof” (vodka), sacos com tampas plásticas que imitavam a mesma marca, frascos de compostos químicos usados como aditivos, sacos de ácido cítrico e garrafas já engarrafadas, além de produtos industriais usados para alterar o sabor e a aparência das bebidas. O local operava com estrutura de produção em larga escala e já havia sido lacrado pelo Ministério da Agricultura no ano passado, mas foi encontrado novamente em funcionamento.

A advogada, no entanto, sustenta que a produção foi encerrada há anos e que o empresário foi surpreendido pela ação policial.
“O meu cliente foi surpreendido no local de trabalho, onde havia várias garrafas e objetos, mas sem produtos dentro. Foram encontradas embalagens vazias que seriam destinadas à venda e alguns materiais que ainda serão encaminhados para perícia. Até o momento, nada está comprovado”, afirmou Talita.
Ela também disse que a notificação feita pelo Ministério da Agricultura em 2020 levou à interrupção da fabricação de bebidas e que o espaço passou a funcionar apenas para armazenar e revender embalagens.
“Desde a notificação do Mapa, não houve mais produção de bebidas. As garrafas encontradas eram apenas parte de um centro de distribuição de embalagens, e não de uma fábrica em funcionamento”, completou.
Confira a galeria de imagens:
Veron foi autuado em flagrante por crime contra as relações de consumo e permanece preso até a audiência de custódia marcada para esta quinta-feira (7). A defesa alega que o caso não comporta prisão preventiva e que irá pleitear a liberdade provisória do empresário.
A Decon afirma que a fabricação e comercialização de bebidas fora dos padrões legais representam risco grave à saúde pública, já que produtos adulterados podem conter substâncias tóxicas como o metanol, capazes de causar cegueira, falência de órgãos e até a morte. O caso ocorre em meio a um alerta nacional sobre intoxicações por metanol em bebidas clandestinas.
O material apreendido será encaminhado para análise pericial, e as investigações seguem para identificar a origem dos insumos e os possíveis canais de distribuição.
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