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Interior

Defesa alega que fábrica em Terenos não produz bebidas desde 2020

Advogada de Márcio Veron afirma que o local funcionava apenas como centro de distribuição de embalagens

Por Gabi Cenciarelli e Bruna Marques | 06/11/2025 14:15
Defesa alega que fábrica em Terenos não produz bebidas desde 2020
Polícia encontrou rótulos falsos, tampas e produtos químicos usados na adulteração de bebidas (Foto: Divulgação)

A advogada Talita Dourado Aquino, que representa Márcio Roberto Veron, preso nesta quarta-feira (6) durante operação da Polícia Civil e do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), afirma que o cliente não produzia mais bebidas alcoólicas e que o local funcionava apenas como um centro de distribuição de embalagens.

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A Polícia Civil e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) descobriram uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas na zona rural de Terenos, a 28 quilômetros de Campo Grande. No local, foram encontrados rótulos falsos da marca "Shirlof", tampas plásticas e produtos químicos usados na adulteração de bebidas.A defesa do proprietário, Márcio Roberto Veron, alega que o estabelecimento não produzia bebidas desde 2020 e funcionava apenas como centro de distribuição de embalagens. Veron foi preso em flagrante e aguarda audiência de custódia. O material apreendido será periciado para investigação.

Veron é apontado pela polícia como responsável por uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas que funcionava na zona rural de Terenos, a 28 quilômetros de Campo Grande. A ação foi conduzida pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), que encontrou uma grande quantidade de materiais usados na produção e falsificação de bebidas.

Durante a fiscalização, os agentes apreenderam rolos de rótulos falsificados da marca “Shirlof” (vodka), sacos com tampas plásticas que imitavam a mesma marca, frascos de compostos químicos usados como aditivos, sacos de ácido cítrico e garrafas já engarrafadas, além de produtos industriais usados para alterar o sabor e a aparência das bebidas. O local operava com estrutura de produção em larga escala e já havia sido lacrado pelo Ministério da Agricultura no ano passado, mas foi encontrado novamente em funcionamento.

Defesa alega que fábrica em Terenos não produz bebidas desde 2020
Advogada Talita Dourado Aquino diz que local era apenas centro de distribuição de embalagens (Foto: Osmar Veiga))

A advogada, no entanto, sustenta que a produção foi encerrada há anos e que o empresário foi surpreendido pela ação policial.

“O meu cliente foi surpreendido no local de trabalho, onde havia várias garrafas e objetos, mas sem produtos dentro. Foram encontradas embalagens vazias que seriam destinadas à venda e alguns materiais que ainda serão encaminhados para perícia. Até o momento, nada está comprovado”, afirmou Talita.

Ela também disse que a notificação feita pelo Ministério da Agricultura em 2020 levou à interrupção da fabricação de bebidas e que o espaço passou a funcionar apenas para armazenar e revender embalagens.

“Desde a notificação do Mapa, não houve mais produção de bebidas. As garrafas encontradas eram apenas parte de um centro de distribuição de embalagens, e não de uma fábrica em funcionamento”, completou.

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Veron foi autuado em flagrante por crime contra as relações de consumo e permanece preso até a audiência de custódia marcada para esta quinta-feira (7). A defesa alega que o caso não comporta prisão preventiva e que irá pleitear a liberdade provisória do empresário.

A Decon afirma que a fabricação e comercialização de bebidas fora dos padrões legais representam risco grave à saúde pública, já que produtos adulterados podem conter substâncias tóxicas como o metanol, capazes de causar cegueira, falência de órgãos e até a morte. O caso ocorre em meio a um alerta nacional sobre intoxicações por metanol em bebidas clandestinas.

O material apreendido será encaminhado para análise pericial, e as investigações seguem para identificar a origem dos insumos e os possíveis canais de distribuição.

Defesa alega que fábrica em Terenos não produz bebidas desde 2020
Materiais apreendidos em fábrica clandestina de bebidas em Terenos (Foto: Osmar Veiga)

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