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Interior

Gaeco fez busca e apreensão na casa e gabinete de 6 vereadores

Viviane Oliveira | 04/11/2014 10:41
Houve busca e apreensão de documentos na casa e no gabinete de Diony Érick de Souza, 1º secretário. (Fotos: Divulgação)
Houve busca e apreensão de documentos na casa e no gabinete de Diony Érick de Souza, 1º secretário. (Fotos: Divulgação)
A polícia também entrou na casa do presidente da Câmara, Adalberto Domingues.
A polícia também entrou na casa do presidente da Câmara, Adalberto Domingues.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) fez busca e apreensão na casa e gabinetes de seis dos onze vereadores da Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, distante 103 quilômetros de Campo Grande. A operação denominada Viajantes foi deflagada na manhã de hoje (4), para apurar farras das diárias e viagens de parlamentares e funcionários da Casa de Leis. Ao todo serão cumpridos 14 mandados, sendo 13 na cidade e um em Campo Grande.

De acordo com o site Rio Pardo News, os mandados de busca e apreensão foi expedido pelo juiz substituto do município, Evandro Endo. Os policiais do Gaeco fazem buscas na Câmara Municipal e na casa dos vereadores. Fabiano Duarte (PR) é um dos que teve documentos apreendidos em casa.

Ele relatou o fato ao encontrar um conhecido na rua. “Eu estava dormindo quando bateram forte na porta da minha casa. Fiquei quieto porque era muito cedo, mas aí bateram mais forte. Eu disse: calma, estou levantado, quem é? Foi quando responderam: é a Polícia. Abri a porta, vi o mandado e deixei a polícia entrar e pegar o que quisesse”, conta o vereador.

Os agentes estão em busca de documentos, computadores e outras provas que comprovem a "farra das diárias". São vários endereços citados nos mandados de busca e apreensão, tais como a casa e o gabinete do presidente da Câmara, Adalberto Domingues (PRTB); a casa do vice-presidente da Câmara, Ângelo da Silva (PSC); a sala do 2º secretário Cláudio Lins (PRTB); do 1º secretário, Diony Érick de Souza (PSDC); do diretor administrativo Cacildo Pedro Camargo; e do contador da Câmara, Walter Antônio. Até agora não houve prisões.

 A polícia também fez buscas na casa de Fabiano Duarte (PR).
A polícia também fez buscas na casa de Fabiano Duarte (PR).
Também foi revistada a casa e o gabinete de Ângelo da Silva, vice presidente.
Também foi revistada a casa e o gabinete de Ângelo da Silva, vice presidente.

Operação - De acordo com o Gaeco, a operação é resultado de investigação conduzida pela Promotoria de Justiça, que apurou irregularidades no pagamento de diárias a vereadores e servidores. Conforme revelou a investigação, os políticos teriam forjado viagens e participação em eventos e reuniões fora do município, para receberem indevidamente valores relativos a diárias.

No mês passado, a Justiça já havia determinado que o presidente da Câmara Municipal suspendesse o pagamento de diárias a vereadores e servidores, em razão dos indícios de irregularidade. Conforme o órgão, de janeiro a setembro do ano passado, o legislativo teria consumido cerca de R$ 523,4 mil de recursos públicos com o pagamento de diárias, que chegariam ao valor de R$ 750 para cada dia de deslocamento dentro do Estado e R$ 1,5 mil para cada viagem fora de Mato Grosso do Sul.

Ainda foi constatado durante investigação, a existência de gastos excessivos realizados pela Câmara com empresas terceirizadas de publicidade, informática, assessorias contábeis e jurídicas, cujos valores ultrapassam mais de R$ 3,5 milhões.

Também faz parte dos investigados o vereador Cláudio Lins, 2º secretário.
Também faz parte dos investigados o vereador Cláudio Lins, 2º secretário.
O diretor administrativo Cacildo Pedro Camargo, também não escapou das investigações.
O diretor administrativo Cacildo Pedro Camargo, também não escapou das investigações.
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