Hospital Regional de Dourados começa a funcionar sábado com 100 leitos

O Hospital Regional de Dourados começa a funcionar oficialmente neste sábado (20). Lançada no final de 2014, a obra sofreu seguidas paralisações e só foi concluída recentemente. Será inaugurada no dia do aniversário de 90 anos da maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul.

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Somando a primeira e a segunda etapa, o investimento foi de R$ 36,7 milhões em recursos federais e contrapartida estadual. Outros R$ 18,1 milhões foram usados na instalação da Policlínica Cone Sul, que funciona anexa ao hospital e entrou em operação no final de setembro, totalizando R$ 54,8 milhões.

Parte do dinheiro veio de emendas do deputado federal Geraldo Resende (PSDB) e do atual prefeito Marçal Filho (PSDB), quando exercia mandato na Câmara Federal.

Localizado na margem da BR-463, na saída para Ponta Porã e a 8 km do centro de Dourados, o hospital recebeu o nome de Olga Castoldi Parizotto, mãe do empresário Adão Parizzoto, que doou o terreno para a construção. A área construída é de 7.747,77 metros quadrados.

Nesta quinta-feira (18), repórteres de Dourados, a convite da assessoria de comunicação do hospital, participaram de uma visita guiada pelas dependências da unidade (veja o vídeo acima).

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a unidade 1 Hospital Regional de Dourados começa a funcionar com 100 leitos, sendo 59 de internação, 20 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo 10 para adultos e 10 pediátricas, e 21 leitos para cuidados imediatos.

São quatro salas cirúrgicas com capacidade para procedimentos de média e alta complexidade nas áreas de cirurgia geral, ortopedia, aparelho digestivo, ginecologia, cirurgia plástica, urologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e vascular.

Primeira cirurgia – Mesmo antes da abertura oficial, o hospital já entrou em operação. Na segunda-feira (15), foi feita a primeira cirurgia na unidade. O procedimento representou o início efetivo das atividades.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o Hospital Regional de Dourados atenderá os 34 municípios da macrorregião Cone Sul, beneficiando pelo menos 900 mil pessoas. Os atendimentos serão controlados pela Central de Regulação Estadual. A expansão será gradual, com expectativa de operar com 192 leitos no ano que vem, incluindo a ativação da hemodinâmica e de uma quinta sala cirúrgica.

O hospital vai funcionar com processos totalmente digitalizados, incluindo prontuário eletrônico, gestão de leitos, integração com a regulação estadual e monitoramento contínuo de atendimentos.

Segundo o governo, o modelo tecnológico adotado em HRD Olga Castoldi Parizotto servirá de referência para as próximas unidades que compõem a “Nova Arquitetura da Saúde”. O hospital é administrado pela Agir Saúde, uma OS (organização social) de Goiânia, contratada pelo Estado através de licitação.

Policlínica – Ativada no dia 29 de setembro, a estrutura funciona como centro de diagnóstico e especialidades. Equipada com tecnologia moderna, a policlínica oferece exames de tomografia, ultrassonografia, mamografia, densitometria óssea, endoscopia, colonoscopia, raio-X, além de exames laboratoriais e atendimentos multiprofissionais.

Conforme a Saúde Estadual, a unidade funciona como porta de entrada para a rede especializada, ampliando o acesso da população a serviços que antes exigiam longos deslocamentos para outros municípios. A estratégia faz parte da reorganização da regionalização do atendimento e contribui para reduzir a sobrecarga dos hospitais da Capital.

“Essa organização redefine os caminhos do paciente e garante que cada pessoa seja atendida no lugar certo, no momento certo. A regionalização reduz deslocamentos, melhora a resolutividade e fortalece todo o sistema. Dentro dessa lógica, o Hospital Regional de Dourados é uma peça estruturante, porque amplia a capacidade da macrorregião e consolida o equilíbrio assistencial que estamos construindo em Mato Grosso do Sul”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa.

A homenageada – Olga Castoldi Parizotto era gaúcha, mãe de 13 filhos e se instalou em Dourados em 1975. Teve atuação destacada no agronegócio e participou ativamente do crescimento econômico local.

Também é lembrada pela dedicação às ações de beneficência promovidas pela Igreja Católica em atenção às pessoas em situação de vulnerabilidade. Olga morreu em outubro de 1999, aos 86 anos.

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