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Interior

Mais uma fazenda de MS aparece na "lista suja" do trabalho escravo

Lista feita pelo Ministério do Trabalho desde 2005 tem outras três propriedades rurais de Mato Grosso do Sul

Helio de Freitas, de Dourados | 05/10/2018 17:31
Fiscais do MTE em ação contra o trabalho escravo em Mato Grosso do Sul (Foto: Arquivo)
Fiscais do MTE em ação contra o trabalho escravo em Mato Grosso do Sul (Foto: Arquivo)

A Fazenda Boqueirão, localizada no município de Corumbá, no Pantanal, é mais uma propriedade rural sul-mato-grossense a fazer parte da chamada "lista suja" do trabalho escravo. A fazenda, que tem como empregador Josias Rosa Guimarães, foi incluída na versão atualizada da lista, divulgada nesta sexta-feira (5) pelo Ministério do Trabalho.

De acordo com o MTE, fiscalização feita no ano passado na Fazenda Boqueirão encontrou dois trabalhadores em condições análogas à escravidão. As irregularidades não são detalhadas na lista. No dia 24 de maio deste ano a fazenda foi incluída na lista, divulgada hoje. O Campo Grande News não conseguiu contato com representantes da fazenda.

Outras três fazendas já faziam parte da lista suja. A Fazenda Baía do Cambará Redondo, também no município de Corumbá, de propriedade de Gregório da Costa Soares, tinha sido incluída em outubro do ano passado.

Os outros dois empregadores são de Dourados e de Aquidauana. A Prestadora de Serviços e Comércio de Madeiras Benites, razão social da Fazenda Santo Antônio, localizada no município de Dourados, mantinha quatro trabalhadores em condição de escravidão. O flagrante ocorreu em 2014.

Já o empregador Edvaldo Zagatto, da Fazenda São Luís, no município de Aquidauana, mantinha seis funcionários em condições consideradas análogas à escravidão, segundo comprovou a fiscalização feita em 2016. Essa fazenda foi incluída em maio do ano passado.

A lista – A versão atualizada da lista suja tem 209 empresas citadas. São 50 nomes que não figuravam no cadastro anterior. Entre 2005 e este ano, 2.879 funcionários foram submetidos por seus empregadores a exercer atividades laborativas sob condições degradantes e desumanas.

De acordo com a Agência Brasil, entre as companhias flagradas pelos auditores fiscais do trabalho estão a Spal Indústria Brasileira de Bebidas S.A, fabricante da Coca-Cola, e o grupo empresarial do setor têxtil Via Veneto, detentor de marcas de grife como a Brooksfield e a Harry's, dono uma rede de lojas no país.

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