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Interior

No Paraguai, suspeito de decapitar irmãs a mando de Pavão é preso

Walter Andres Torales Chamorro tentou enganar a polícia mentindo sobre a identidade, mas caiu em contradições e foi pego

Alana Portela | 22/02/2021 08:48
Walter Andres Torales Chamorro foi preso em Ponta Porã. (Foto: Porã News)
Walter Andres Torales Chamorro foi preso em Ponta Porã. (Foto: Porã News)

Walter Andres Torales Chamorro, 25 anos, foi preso ontem (21), em Ponta Porã. Ele que estava foragido da Penitenciária de Pedro Juan Caballero, é um dos principais suspeitos de ter assassinado as irmãs Adriana e Fabiana Aguayo Báez, em junho de 2017.

A prisão aconteceu na noite de ontem, quando uma equipe da Polícia Militar fazia ronda pelo bairro Residencial Ponta Porã I. Durante a ação, os militares avistaram Walter em atitude suspeita, em frente a uma residência.

Os militares abordaram o Walter, que no momento se identificou como Rafael Santos. Sem portar documentos, o homem caiu em contradições várias vezes sobre seus dados pessoais, levantando ainda mais suspeitas.

No entanto, após ser questionado novamente sobre quem era, Walter revelou sua verdadeira identidade. Foi então que os policiais descobriram que se tratava de um foragido da Penitenciária de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde tinha sido preso por porte ilegal de arma de fogo e ser um dos principais suspeitos de assassinar as irmãs Adriana e Fabiana em 2017.

Walter recebeu voz de prisão e foi levado para a Primeira Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã.

O crime – As irmãs foram sequestradas, decapitadas e queimadas na zona rural de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. As cenas macabras do crime – as cabeças das duas irmãs foram encontradas em sacos pretos a 200 metros do local onde os corpos foram incinerados – chocaram a população da fronteira, acostumada com crimes violentos.

Mandantes – O narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenez Pavão é acusado pela polícia e pelo Ministério Público do Paraguai de ter encomendado o assassinato das irmãs. Pavão pediu ao PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar as irmãs por suspeitar que ao menos uma delas tinha conhecimento do assassinato do irmão dele, o comerciante Ronny Gimenez Pavão, morto por dois pistoleiros no dia 14 de março do mesmo ano, em Ponta Porã.

Os indícios ligando a facção criminosa e Jarvis Pavão ao duplo homicídio surgiram após a prisão de quatro membros do PCC em Pedro Juan Caballero, no dia 14 de junho. Pavão e o PCC são aliados há pelo menos sete anos.

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