Operação investiga negócios entre empresas de “laranjas” e prefeitura
De acordo com o Gaeco, empresas contratadas pela Prefeitura de Vicentina pertencem na verdade a servidores públicos
A Operação Vila Brasil, desencadeada hoje (11) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pela 1ª Promotoria do Patrimônio Público e Social de Fátima do Sul, investiga negócios ilícitos entre a Prefeitura de Vicentina e empresas montadas por servidores públicos, mas registradas em nome de “laranjas”.
Nove mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da 2ª Vara de Fátima do Sul foram cumpridos nesta quarta-feira. Equipes do Gaeco estiveram em três empresas na Prefeitura de Vicentina e na casa dos envolvidos.
Entre os locais visitados estavam uma construtora que tem sede em Fátima do Sul e a casa do atual chefe de Gabinete da Prefeitura de Fátima do Sul, Francisco Sinderley Bezerra Alves. Em um dos locais o Gaeco apreendeu dinheiro, mas o valor não foi informado.
Segundo o Ministério Público, a operação tem como foco desbaratar a associação criminosa que praticava crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
As investigações tiveram início em 2018 para apurar contratos celebrados pelo município de Vicentina com as empresas constituídas em nome de “laranjas” para ocultar os vínculos de propriedade de servidores públicos.
Conforme o MP, “essas empresas eram contratadas sem licitação ou com direcionamento, nos casos em que a associação criminosa não conseguia implementar a dispensa do certame”. A investigação descobriu ainda que uma das empresas envolvidas no esquema pertencente a um servidor municipal atua em desacordo com as normas ambientais.
O nome da operação, Vila Brasil, é uma referência à forma como Vicentina era conhecida antes de ser elevada à condição de município, em 1º de janeiro de 1989.
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