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Pesquisa realiza levantamento de sítios arqueológicos de MS

Ângela Kempfer | 02/09/2013 22:31
Sítios vão ser revisitados e pesquisados (foto: divulgação)
Sítios vão ser revisitados e pesquisados (foto: divulgação)

Uma pesquisa em conjunto entre empresa estatal, universidade e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) está realizando o inventário de 88 sítios arqueológicos de Mato Grosso do Sul, todos reúnem grafismos rupestres.

O trabalho é realizado também pela Eletrosul, que mantém em operação a Hidrelétrica de São Domingos, e pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). O propósito do trabalho é atualizar e complementar as informações já existentes, além de diagnosticar o estado de conservação desses sítios.

Segundo a arqueóloga da Eletrosul, empresa gestora do trabalho, Luciana Ribeiro, 15 sítios de diferentes bacias hidrográficas foram escolhidos para serem vistoriados. O trabalho, iniciado em março, se estenderá pelo prazo dois anos, entre avaliações em campo e em laboratório.

Os primeiros cadastros dos sítios rupestres de Mato Grosso do Sul foram feitos há cerca de 50 anos, sem o auxílio de recursos tecnológicos. “Hoje temos imagens de alta precisão, GPS e sistemas de identificação”, afirmou a arqueóloga. Segundo ela, boa parte desses sítios está em locais muito visitados e, por isso, as pinturas e gravuras sofreram vandalismo e destruição por agentes naturais. “O recadastramento permitirá que tudo seja reavaliado, permitindo traçar um quadro da situação de conservação e possibilidades futuras de preservação da arte rupestre”, acrescentou.

As figuras encontradas em Mato Grosso do Sul registram a presença de populações que habitaram a região há, pelo menos, 10 mil anos, e que usavam o grafismo em rochas para retratar suas crenças e atividades cotidianas como a caça.

Publicação - O Projeto de Pesquisa de Arte Rupestre resultará numa publicação com todas as informações resgatadas da história local. “É uma maneira de preservar e educar as gerações futuras sobre a necessidade de preservação desse patrimônio e de outros sítios que apresentam perigo iminente de destruição parcial ou total”, explicou o técnico em arqueologia do Iphan-MS, Divaldo Sampaio.

Segundo o arqueólogo coordenador do projeto e professor da UFGD, Rodrigo Aguiar, um dos mais importantes e antigos sítios de Mato Grosso do Sul, em Alcinópolis (390 quilômetros da capital Campo Grande), será um dos locais visitados durante a pesquisa. A cidade possui o maior conjunto de sítios até então catalogados no Estado, o que leva Alcinópolis a reivindicar a alcunha de capital sul-mato-grossense da arte rupestre. Há pelo menos 50 anos, a região vem sendo estudada por causa do vulto histórico.

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