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Interior

PF desarticula lavagem de dinheiro que usava empresa de vigilância como fachada

A empresa "esquentava" o dinheiro do tráfico e do contrabando na região sul do Estado

Helio de Freitas, de Dourados | 12/08/2020 15:57
Mundo Novo está na rota fluvial do contrabando e tráfico pelo Rio Paraná (Foto: Divulgação)
Mundo Novo está na rota fluvial do contrabando e tráfico pelo Rio Paraná (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal cumpriu quatro mandados nesta quarta-feira (12) para desarticular a estrutura financeira de quadrilhas que atuam no contrabando e tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. Dessa vez, os bandidos usavam até empresa de vigilância privada como fachada.

A Operação Contravigilância cumpriu três mandados de busca e apreensão em Mundo Novo, cidade a 476 km de Campo Grande, na divisa com o Paraná e a menos de 20 km do território paraguaio.

Também foi cumprido mandado em Magé, no Rio de Janeiro. Vinte policiais participaram da operação. O nome é alusão à atuação de um dos investigados no ramo da segurança privada. Entre 2013 e 2017, a movimentação financeira dos investigados chegou a R$ 20 milhões.

Coordenada pela delegacia da Polícia Federal em Naviraí, a operação visa desarticular lavagem de dinheiro e evasão de divisas, praticados pelo grupo criminoso. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande.

Segundo a PF, as buscas ocorreram em endereços residenciais e comerciais dos investigados. Foram apreendidos documentos e aparelhos celulares.

Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munições. Na casa desse investigado os policiais encontraram revólver calibre 38, garrucha e três carabinas, além de munições de calibres diversos.

Conforme a PF, a quadrilha é acusada de dissimular a origem ilícita dos recursos financeiros obtidos com o contrabando e o tráfico de drogas e promover evasão de divisas para o Paraguai.

Mundo Novo fica a 30 km da segunda principal base do crime organizado na fronteira, a cidade de Salto del Guairá, refúgio de bandidos brasileiros, entre os quais os chefes da chamada Máfia do Cigarro.

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