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Interior

Polícia Federal alerta Paraguai sobre plano do PCC para resgatar Pavão

Informação sobre suposto resgate ocorre após Corte Suprema do Paraguai confirmar extradição, que deve ocorrer em dezembro

Helio de Freitas, de Dourados | 03/10/2017 16:05
Movimentação no quartel de grupo de elite onde Pavão está preso, em Assunção (Foto: ABC Color)
Movimentação no quartel de grupo de elite onde Pavão está preso, em Assunção (Foto: ABC Color)

Mais uma vez a polícia do Paraguai está em alerta temendo uma tentativa de resgate do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, 49, que está preso há quase oito anos naquele país. Em agosto deste ano, o governo paraguaio reforçou, com homens das Forças Armadas, a segurança na cadeia onde o brasileiro está, após o serviço de inteligência identificar um suposto plano de resgate.

Apontado como o maior fornecedor da atualidade de cocaína produzida na Bolívia para o Brasil, Europa e África, Pavão é acusado de ter tramado a execução de Jorge Rafaat Toumani, no ano passado, para assumir o controle do crime organizado na fronteira entre os dois países.

De acordo com o jornal ABC Color, o alerta sobre o plano de resgate foi feito pela Polícia Federal brasileira, que interceptou conversas telefônicas entre membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa aliada de Pavão, sobre um possível plano de ataque para tirar o narcotraficante da sede da Agrupación Especializada, onde o brasileiro está preso.

O informe da inteligência da PF teria sido encaminhado à Polícia Nacional do Paraguai um dia depois de a Corte Suprema paraguaia confirmar a ordem de extradição de Jarvis Pavão para o Brasil, após ele cumprir em território paraguaio a pena de oito anos por lavagem de dinheiro.

A sentença termina em dezembro deste ano, daqui a dois meses, quando Pavão deverá ser entregue à Justiça do Brasil para cumprir a pena de 17 anos de reclusão por narcotráfico, associação criminosa e lavagem de dinheiro no Rio Grande do Sul.

Após o segundo alerta sobre o suposto plano de resgate, o Paraguai dobrou a quantidade de policiais no quartel onde Pavão está preso e também no presídio de Tacumbú, que fica ao lado. Nas duas unidades há dezenas de membros do PCC encarcerados.

O diretor-geral de Prevenção e Segurança da Polícia Nacional, Luis Cantero, informou que helicópteros militares fazem sobrevoos noturnos na área dos presídios. No acesso principal ao prédio onde Pavão está preso foram colocadas barricadas de concreto.

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