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Interior

Prisão preventiva é decretada após vereador agredir 10 vezes mulher

Em uma das agressões a vítima teria pulado de um veículo em movimento com medo do marido

Adriano Fernandes | 28/01/2019 20:35
Mário foi encaminhado para o Garras em Campo Grande. (Foto: Reprodução/Facebook)
Mário foi encaminhado para o Garras em Campo Grande. (Foto: Reprodução/Facebook)

A Justiça converteu em preventiva a prisão do vereador Mário Aparecido Ferreira de Souza (Patriota), acusado de ter agredido a esposa, de 44 anos, na última sexta-feira (25) em Bandeirantes, cidade que fica a 70 quilômetros de Campo Grande.

Na decisão o juiz Deni Luis Dalla Riva da comarca no interior, levou em consideração o histórico de pelo menos 10 agressões que a mulher disse ter sofrido e em que o vereador, ainda teria a ameaçado de morte. Em uma delas a vítima teria pulado de um veículo em movimento, diante do comportamento violento do marido.

De acordo com a vítima a relação do casal teria se tornada conturbada, há cerca de três anos, quando Mário Aparecido que é também contador, assumiu o mandato na Câmara de Vereadores do município.

À época, a mulher teria descoberto uma suposta traição e ao tomar satisfações do marido em uma lanchonete da Capital, ele teria tentado enforca-la por três vezes. Ela revidou e desde então as brigas e agressões teriam se tornado frequentes.

Ainda conforme a manifestação do Ministério Público com base no depoimento da vítima, em uma delas, depois de beber em uma lanchonete em Campo Grande o vereador seguiu na rodovia sentido Sidrolândia e questinou a mulher se ela já havia tido uma “emoção forte na vida?”.

No trajeto, ele ainda teria perguntado se a mulher “já tinha se despedido dos filhos?”. Com medo dele provocar um acidente a vítima pulou do carro em movimento e foi abandonada na rodovia pelo esposo. 

Em outra situação, enquanto a mulher dirigia o veículo o vereador – que já havia a agredido naquele dia-, puxou o volante, fazendo o veiculo capotar na rodovia em Bandeirantes.  Em boletim de ocorrência registrado pela vítima em 27 de novembro do ano passado, ela detalhou que o vereador já havia dito que caso ela pedisse o divórcio ele iria mandar matá-la, pois encontraria alguém que faria o serviço por “qualquer 400 ou 500 reais”, conforme o processo.

O juiz responsável pelo caso também considerou o depoimento de testemunhas ouvidas, entre elas a filha do casal e um vizinho, e que confirmam a versão da vítima. “Configura a existência do crime, de indícios de autoria, bem como forte na garantia da ordem pública”, pontuou Dalla Riva, na justificativa pela decisão que manteve o vereador preso, deferida neste domingo (27).

Flagrante – No dia da agressão a vítima procurou a delegacia com hematomas no braço e corte no lábio, relatando que mais uma vez havia sido agredida pelo marido. Com base nas informações, os investigadores retornaram ao bairro onde fica a residência do casal em busca de testemunhas.

Testemunhas foram ouvidas, assim como a mulher e o vereador que após prestar depoimento foi autuado em flagrante por violência doméstica. Mário Aparecido foi encaminhado na madrugada seguinte para a Capital, onde foi detido no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros).

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