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Interior

Professores e administrativos voltam a cruzar os braços em Corumbá

Paralisação ocorre nesta quinta-feira (21) e tem informações contraditórias: sindicato diz que adesão é de 60%, mas prefeitura afirma que maioria das escolas funciona

Humberto Marques | 21/06/2018 14:40
Professores e administrativos de Corumbá retomaram greve nesta quinta-feira. (Foto: Direto das Ruas)
Professores e administrativos de Corumbá retomaram greve nesta quinta-feira. (Foto: Direto das Ruas)

A greve dos trabalhadores da Educação de Corumbá –a 419 km de Campo Grande–, deflagrada em 18 de maio e suspensa no mesmo dia, foi retomada nesta quinta-feira (21). Enquanto o Simted (sindicato dos trabalhadores do setor) contabiliza paralisação de cerca de 60% dos servidores, a administração do prefeito Marcelo Iunes (PSDB) afirma que a maioria das escolas funciona normalmente.

Os grevistas, segundo informações do Diário Corumbaense, exigem que o abono salarial de 7,64%, concedido em 2017, seja incorporado aos salários, bem como seja dado aumento de 6,81% referente ao piso nacional da categoria.

Os servidores se reuniram nesta manhã na entidade sindical, sendo que um grupo “cercou” o Paço Municipal, segundo apurou o Campo Grande News.

“Fizemos levantamento inicial e constatamos que a adesão (à greve) é de 60%. Algumas escolas estão totalmente paradas, mas, o percentual de trabalhadores, não só professores, como também administrativos é de 60%”, afirmou Raquel do Prado, presidente do Simted.

Em outras escolas, a paralisação foi parcial. Na Escola Municipal Djalma de Sampaio Brasil a falta de administrativos forçou a interrupção das atividades. Raquel afirma que as escolas que não pararam funcionam com o quadro de professores convocados –que são chamados a cada semestre.

Servidores se concentraram em frente ao Paço Municipal em protesto por reajuste. (Foto: Direto das Ruas)
Servidores se concentraram em frente ao Paço Municipal em protesto por reajuste. (Foto: Direto das Ruas)

Dificuldades – Em 15 de junho, a prefeitura enviou ao Simted documento no qual reforça dificuldades econômicas causadas pela queda de receita –que já forçaram o corte de expediente e enxugamento de gastos com pessoal– e propôs aumento de 2,95% em setembro, repondo a inflação de 2017, com pagamento do retroativo referente à data-base, e abono de R$ 180.

Também foi sugerida a instituição de comissão para avaliar a situação salarial dos professores e administrativos visando a um plano de recuperação salarial, com base no piso nacional. As propostas foram rejeitadas em assembleia. A princípio, a paralisação vai até 6 de julho, quando o Simted deve realizar uma nova avaliação do movimento e aguardará uma contraproposta da prefeitura.

A Secretaria Municipal de Educação, por seu turno, informou que a maioria das escolas municipais de Corumbá funciona normalmente nesta quinta-feira. As paralisações teriam atingido três escolas urbanas, duas rurais e três creches. O secretário Genilson Canavarro de Abreu afirma que duas escolas devem voltar ao trabalho na segunda (25). A prefeitura também informa que escolas que aderiram ao protesto terão de repor as aulas.

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