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Cidades

Largar do cigarro "foi milagre", afirma ex-fumante; 14% deixam o vício

Viviane Oliveira | 29/08/2013 17:07
Antônio fumou durante 40 anos e hoje conta que se sente bem melhor sem o cigarro. (Foto: Simão Nogueira)
Antônio fumou durante 40 anos e hoje conta que se sente bem melhor sem o cigarro. (Foto: Simão Nogueira)

“Foi um milagre de Deus na minha vida”. A frase é do tratorista Antônio Feliciano da Silva, 52, que há dois anos parou de fumar. Hoje ele comemora os 12 quilos que engordou depois de largar o tabaco e afirma que se sente melhor sem o ‘maldito’ cigarro.

Antônio faz parte dos 14% da população de Campo Grande que fumava uma carteira de cigarros por dia e deixou o vício. Os dados são de uma pesquisa realizada em todas as Capitais no ano passado feita pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.

Conforme a pesquisa, a parcela da população brasileira acima de 18 anos que fuma caiu 20% nos últimos seis anos. Em Campo Grande, por exemplo, o número de fumantes em 2006 era de 14% passando para 12% no ano passado.

A pesquisa revelou ainda, que os homens continuam fumando mais. Em 2006, o índice era de 19%, passando para 13%, no ano passado. Já entre as mulheres, esse dado se manteve em 10% no mesmo período.

Antônio conta que começou a fumar com 12 anos ao ver o pai e a mãe fumando. Depois de fumar por 40 anos, 20 cigarros por dia, percebeu que se não parasse, o vício o levaria a morte. “Eu me sentia muito cansado e quando tossia parecia que estava tudo podre por dentro”, diz, acrescentando que hoje percebe o quanto a saúde tem valor.

Fumo passivo - O levantamento revela ainda que, em Campo Grande, a frequência de fumantes passivos em domicílio é de 8%, mantendo o mesmo percentual entre homens e mulheres. Enquanto que o número de adultos fumantes é de 12%.

Em relação ao número de adultos fumantes por cidade, a pesquisa mostra que a capital com a maior concentração é Porto Alegre (RS) com 18%, que também detém a maior proporção de pessoas que fumam 20 cigarros ou mais por dia (7). Já Salvador, na Bahia, é a Capital com o menor índice, onde 6% da população adulta afirmam ser fumante.

Programa - O Ministério da Saúde oferece o PNCT (Programa Nacional de Controle do Tabagismo) criado há 17 anos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que oferta o tratamento contra o fumo no país. Em abril deste ano, o governo anunciou a ampliação do atendimento oferecido pelo programa.

O controle do tabaco previne doenças crônicas não transmissíveis. O tabagismo, a alimentação não saudável, uso abusivo de álcool, estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de infarto agudo, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e câncer. A meta do Ministério da Saúde é reduzir de 15% para 9% a proporção de fumantes na população adulta até 2022.

Quem quiser parar de fumar pode procurar um posto de saúde do bairro que ofereça medicamentos, entre adesivos, pastilhas, gomas de marcar e o antidepressivo.

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