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Cidades

Manifesto contra exclusividade do BB reúne 200 pessoas

Redação | 17/11/2010 09:02

O manifesto contra a decisão da Justiça que deu exclusividade ao BB (Banco do Brasil) para fazer empréstimos com desconto em folha para servidores públicos levou cerca de 200 pessoas na manhã desta quarta-feira à Assembléia Legislativa, no Parque dos Poderes.

Com camisetas, faixas e cartazes, os manifestantes ligados ao ASDECC (Associação de Corretores de Crédito de Mato Grosso do Sul) aguardam oportunidade para conversar com os deputados a respeito de qualquer providência que possa ser tomada.

A presidente da associação, Cleide Salentin, disse que é questão de tempo até as empresas começarem a demitir funcionários e fechar, argumento já utilizado em 2009, quando a prefeitura também restringiu as empresas que oferecem crédito aos servidores.

O argumento para a restrição é que as empresas se proliferaram de tal forma, pelos juros altos e lucro certo pelo endividamento dos servidores, que o Estado perdeu o controle.

"Ontem algumas empresas começaram a demitir. Nossos escritórios estão às moscas após a decisão do STJ".

De acordo com Cleide, atualmente existem 260 financeiras que fazem empréstimos consignados em Mato Grosso do Sul, destas, 150 estão em Campo Grande. São 1200 funcionários registrados, sem contar, segundo Cleide, com os trabalhadores informais.

"Com essa barreira o funcionário fica sem opção. Acaba com a livre concorrência de crédito", diz a presidente da associação.

O líder do Governo na Assembleia, deputado Youssiff Domingos (PMDB), disse que os deputados irão ouvir as reivindicações e avaliar de que forma podem ajudar. No entanto, ele lembra que é uma decisão da Justiça. "Precisa ser muito bem analisado para ver de que forma que isso pode ser revertido", explica o deputado.

Caso não sejam tomadas providências na Assembleia, segundo Cleide, os manifestantes farão passeata até a Governadoria também em busca de soluções.

Janaina Bernardo, representante do sindicato foi à tribuna e lembrou que o BB é líder de mercado com 32,6% de todo o credito consignado, "por isso não tem necessidade desse monopólio"."Não queremos pedir nada de graça só queremos trabalhar"

Ela fez um apelo à categoria e foi muito aplaudida. Até chorou diante do plenário e disse " nâo esmoreçam, vamos lutar", pedindo aos deputados o apoio.

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