Mobilização na Ary Coelho pede veto ao álcool líquido
A quinta-feira foi de manifestação na Praça Ary Coelho contra a venda de álcool líquido e pela adoção de medidas que evitem acidentes que deixam milhares de vítimas com graves queimaduras todos os anos no País, principalmente, crianças.
O protesto organizado pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul, levou para o centro de Campo Grande fotos que expõem o perigo do produto, que chegou a ser proibido no Brasil, mas foi liberado por pressão da indústria.
Com reforço do Corpo de Bombeiros, SAMU e Sociedade Sul-Mato-Grossense de Pediatria e Cirurgia Plástica, o dia foi de pedir apoio com adesão ao abaixo-assinado para o veto definitivo ao álcool em líquido.
O objetivo é recolher mais de 300 mil assinaturas para depois encaminhá-lo ao Congresso Nacional.
O presidente do sindicato dos médicos, João Batista, lembra que medidas urgentes precisam ser adotadas para reduzir os riscos de acidentes com o produto. "Enquanto a comercialização do produto na versão líquida não é suspensa, queremos que haja uma regulamentação quanto às embalagens e o volume comercializados".
Segundo a entidade, uma das idéias é estampar, assim como o Ministério da Saúde fez com os cigarros, imagens de lesões e cicatrizes causadas pelos acidentes com o álcool. Outra opção seria a venda do produto em menor quantidade e em embalagens
Um dos resultados da mobilização de hoje são futuras audiências públicas para debater a questão em Campo Grande com a comunidade.
"O abaixo assinado estará a disposição em todas as Unidades de saúde 24 horas e na Santa Casa", informa o sindicato.