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Cidades

Morre aos 78 anos carnavalesco Joãosinho Trinta no Maranhão

Paula Maciulevicius | 17/12/2011 13:20

Velório está previsto para acontecer no Museu Histórico e Artístico do Maranhão, já o enterro está previsto para a próxima segunda, às 10h

Repleta de sucessos, a carreira como carnavalesco foi polêmica. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)
Repleta de sucessos, a carreira como carnavalesco foi polêmica. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)

Aos 78 anos, o carnavalesco Joãosinho Trinta, morreu na manhã deste sábado, no hospital onde estava internado em São Luís, no Maranhão. Segundo boletim divulgado pelo hospital, a causa da morte foi choque séptico secundário a pneumonia e infecção urinária.

Fiel à máxima de que "Pobre não gosta de pobreza, gosta de luxo", o maranhense foi um dos responsáveis por modernizar o Carnaval do Rio. Nascido em 1933, João Clemente Jorge Trinta, o carnavalesco, artista plástico, cenógrafo e bailarino chegou a capital carioca em 1951, aos 18 anos.

O velório está previsto para acontecer no Museu Histórico e Artístico do Maranhão, já o enterro está previsto para a próxima segunda-feira, às 10h.

Repleta de sucessos, a carreira como carnavalesco foi polêmica. Em 1989, a Beija Flor de Nilópolis, então sob o comando do carnavalesco, foi impedida de levar para o Sambódromo a imagem de um Cristo mendigo dentro do enredo "Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia".

Para burlar a proibição e ao mesmo tempo criticar a Igreja, que havia recorrido à Justiça para vetar o uso da imagem, Joãosinho envolveu a estátua em plástico preto, com uma faixa onde se lia "Mesmo proibido, olhai por nós". A escola ficou em segundo lugar - atrás da campeã mperatriz Leopoldinense - mas o carnavalesco fez um desfile histórico, lembrado até hoje como um dos mais emocionantes da passarela do samba.

Joãosinho se afastou do carnaval em 2006, depois de ter sofrido dois AVCs. De tão associado à festa virou tema de documentário, livro e, claro, samba enredo. No filme "A raça síntese de Joãosinho Trinta", lançado em 2009, os autores investigam o processo de criação de um enredo para uma das muitas escolas de samba em que ele trabalhou.

No Rio, atuou na Beija Flor, Viradouro, Rocinha, Grande Rio e Vila Isabel, onde coordenou seu último carnaval.

Atualmente, Trinta estava no Maranhão trabalhando em projetos da Secretaria da Cultura para a comemoração dos 400 anos de São Luís, em 2012. Ele planejava um cortejo de 5 mil pessoas, repleto do luxo que o tornou famoso, para contar a trajetória da cidade. (Com informações site Folha.com)

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