MST quer resposta do Incra até a próxima semana
O MST (Movimento Sem-Terra) de Mato Grosso do Sul deu prazo até o final da próxima semana para que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Brasília (DF), dê uma resposta às reivindicações dos trabalhadores. O prazo foi estipulado durante reunião feita nesta tarde, em Campo Grande.
"Se eles não se pronunciarem vamos formar uma comissão e ir até lá", afirma a coordenadora estadual do MST, Maria de Fátima Vieira. Segundo ela, a superintendência regional do órgão se comprometeu a avaliar as reivindicações dos sem-terra, e encaminhar os pedidos que envolvem repasse de verbas a Brasília.
Vieira explica que as reivindicações feitas são relacionadas às necessidades básicas de infra-estrutura dos assentamentos, como habitação e estradas de acesso.
Ela afirma que o orçamento repassado ao órgão no Estado é ínfimo diante das necessidades dos assentados. Neste ano, por exemplo, o repasse foi de R$ 43 milhões, segundo a representante.
Entretanto as necessidades urgentes dos assentados ultrapassam esse valor. Como exemplo, ela cita o Assentamento Santo Antônio, em Itaquiraí, município que fica a 420 quilômetros de Campo Grande, onde vivem 610 famílias.
Apenas para fornecer o crédito inicial para eles, de R$ 18.200,00 por família, o montante já chegaria a R$ 11 milhões, correspondente a um quarto de todo o orçamento anual do Incra para MS.
"E isso apenas em um assentamento, somente do MST. Imagine para os outros", aponta a representante.