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Cidades

Protesto de moradores barra vistoria em área quilombola

Redação | 22/07/2009 11:57

Mais uma vez, técnicos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) não conseguiram iniciar os levantamentos para identificação de área quilombola no distrito de Picadinha, em Dourados.

Na manhã desta quarta-feira, um protesto reunindo pelo menos cem moradores do distrito dificultou a circulação da equipe na área e os técnicos suspenderam a vistoria.

Agentes da Polícia Federal acompanharam os trabalhos, mas não conseguiram impedir o protesto que inviabilizou a vistoria. Acuados, os técnicos deixaram a área.

Em maio, os produtores rurais impediram a entrada das equipes do Incra nas propriedades alegando que só permitiram as vistorias com ordem judicial.

No início deste mês, o juiz da 1ª Vara Federal em Dourados, Massimo Palazzolo, acatou o mandado de segurança impetrado pelo Incra e autorizou a entrada dos técnicos nas áreas reivindicadas por famílias remanescentes de quilombolas.

A vistoria do Incra na região faz parte do levantamento das áreas que estão sob processo de titulação em Mato Grosso do Sul. Ao todo, 12 áreas estão sob estudos e podem ser reconhecidas como terras quilombolas no Estado. Na decisão, o juiz estabeleceu uma multa diária de R$ 10 mil se os produtores insistissem em obstruir a vistoria.

A comunidade quilombola de Picadinha reivindica uma área de 3.748 hectares, onde existem 12 propriedades. Os quilombolas alegam que as terras pertenceriam à fazenda Cabeceira de São Domingos, de propriedade de Dezidério Felipe de Oliveira. As 15 famílias remanescentes vivem atualmente em 40 hectares.

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