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Cidades

Sobra vaga no Hércules Maymone, mas alunos são recusados

Redação | 05/02/2009 16:54

Colégio tradicional de Campo Grande, o Hércules Maymone, tem vagas de sobra e, mesmo assim, pais de alunos tiveram o pedido de matrícula recusado. Das 32 salas existentes na escola, apenas seis são ocupadas nos períodos vespertino e noturno. Já no período da manhã, o que reúne maior número de estudantes, 25 salas serão utilizadas em 2009, caso a situação na seja resolvida.

Para a psicóloga Gisele Grefe, houve uma falha na central que regula as vagas. Ela conta que mora no Bairro Chácara Cachoeira e um dos filhos já estuda no Hércules Maymone e conseguiu fazer a matrícula.

No entanto, quando tentou matricular outros dois filhos, no 1º e no 3º ano do ensino médio, a resposta foi negativa. "Mandaram meus filhos para uma escola que nem sei onde fica", completa. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) garante o direito a uma vaga escolar perto da casa do aluno.

Caso as matrículas tivessem sido efetivadas, os filhos de Gisele poderiam ir a pé para a escola, distante aproximadamente 700 metros da residência da família. A mãe acredita que ainda consiga resolver o problema. "Acho que foi só um erro porque ano passado sobrou vaga", conclui.

A diretora da escola, Doriley Vieira Nogueira lembra do tempo em que a escola recebia 3.500 alunos nos três turnos. Para este ano, apenas 960 foram matriculados.

Ela explica que chegou a entrar em contato com pais de alunos para perguntar o motivo da desistência da vaga e eles revelaram a mesma situação enfrentada por Gisele, dizendo que também foram rejeitados.

Para a diretora também houve problema na central de Vagas. Outro fator, na opinião dela, é que muitos alunos tenham desistido do ensino médio regular devido às facilidades oferecidas pelo EJA (Ensino de Jovens e Adultos). "Tem escolas onde se completa os três anos em seis e até dois meses", completa.

Com vagas de sobra, a diretora pediu reforço da ACP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Campo Grande). Hoje à tarde, o presidente da entidade, Geraldo Alves Gonçalves, esteve no colégio, onde professores preparam cartazes e faixas para colocar amanhã na frente da escola.

As frases indicam que a escola tem muitas vagas e que os pais de alunos podem fazer matrícula para estudar no local.

Ele afirma que aliado ao problema dos estudantes surge outro impasse, desta vez, relacionado aos professores. Gonçalves acredita que mais de 100 profissionais vão perder aulas, se continuar a falta de alunos.

Tradição - O Hércules Maymone não é o primeiro colégio histórico na cidade que enfrenta a retração. No Joaquim Murtinho e no Maria Constança de Barros, por exemplo, também houve redução do número de estudantes.

Segundo a assessoria de imprensa do governo do Estado, o Hércules Maymone tem 710 vagas liberadas para o período da tarde e o que pode ter ocorrido é que os pais pediram em horários diferentes do disponível.

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