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Em Pauta

A longevidade está em tuas mãos, não em teus genes

Mário Sérgio Lorenzetto | 28/12/2018 07:00
A longevidade está em tuas mãos, não em teus genes

Todos conhecemos famílias de nonagenários que parecem imortais. Mas, o que está por trás de sua longevidade? Até agora a ciência acreditava que a diferença entre os que vivem muito e os que vivem pouco dependia da genética algo entre 15% a 30%. Todavia, um novo estudo publicado na revista Gentics atirou por terra essa ideia. A imensa pesquisa, feita por cientistas da Califórnia, que comparou nada menos de 54 milhões de árvores genealógicas que estão em Ancestry, uma gigantesca base de dados que une pessoas de todo o mundo com seus ancestrais. Segundo esse estudo, os genes influenciam, mas muito menos do que se pensava: "apenas" 7%.

A longevidade está em tuas mãos, não em teus genes

A genética tem peso mais forte à partir dos 70 a 80 anos.

As conclusões são relativamente surpreendentes, ainda que a ciência já sabia que o DNA pesava menos que o estilo de vida. Isso só mudará bastante à partir dos 70 a 80 anos de vida. Eles garantem que o estilo de vida "monitora" os efeitos da genética. Se conseguem levar uma alimentação sadia. - com pouco álcool, pouco tabaco e muito exercício - é bem possível viver que o contrário, afirmam os cientistas californianos. É a partir da sétima ou oitava década que intervenção da genética é maior. Todas as pessoas que são nonagenárias ou centenárias, além de levar um estilo de vida adequado, tendem a mostrar uma determinada genética. Esses cientistas dão dois exemplos dessa ideia. A genética importa porque se você tem uma propensão muito grande ao câncer, evidentemente, a duração de tua vida será afetada. Por outro lado, comparam com o talento para a música. Todos podemos esforçarmos e tocarmos bem uma guitarra, mas para sermos gênio, faz falta uma determinada genética.

A longevidade está em tuas mãos, não em teus genes

A importância do extrato social.

Anteriormente os cálculos eram feitos analisando a genética de dois irmãos que, obviamente, tinham a mesma genética e viviam no mesmo ambiente. O novo estudo incluiu os cunhados que, é claro, tem genes diferentes mas vivem no mesmo ambiente. O que viram na pesquisa é que pessoas que vivem no mesmo ambiente, tem o mesmo extrato social e, inclusive, características físicas similares tendem a formar mais casais que aqueles diferentes. Foi comparando esses irmãos, casais e cunhados que chegaram à conclusão da maior importância do ambiente e do extrato social como diferencial da longevidade. Mas, também ressaltam, que a genética importa muito. "Se identificamos quais os genes que causam maior mortalidade e administramos medicamentos para combatê-los, a longevidade será aumentada".

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