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Em Pauta

O que a "pólvora" do Bolsonaro pode mudar

Mário Sérgio Lorenzetto | 12/11/2020 06:40
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Os EUA são um dos mais importantes parceiros comerciais do Brasil. Historicamente, tem forte peso tanto como vendedores ou compradores dos brasileiros. Desde 2019, a relação diplomática e comercial entre os dois países é marcada pelo alinhamento dos governos Bolsonaro e Trump. A boa relação está com os dias contados, aparentemente. Com o discurso pró pólvora desferido por Bolsonaro, passamos a acreditar em uma queda vertiginosa nas relações diplomáticas e comerciais entre EUA e Brasil.


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As exportações brasileiras aos EUA em 2020.

As vendas brasileiras para os EUA tiveram queda considerável nos primeiros dez meses de 2020. Os US$17 bilhões comprados pelos norte-americanos do Brasil representaram o menor valor desde 2010. O tombo foi de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado. Essa queda nas vendas aos EUA foi muito mais forte que as que fizemos para outros países. Para outros países, a queda foi de 8%. Trump não queria comprar muita coisa do Brasil.


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 O que o Brasil vende para os EUA?

Os principais bens que o Brasil vende para os EUA são petróleo bruto, produtos semimanufaturados de ferro ou aço e peças de aviões. Todas essas indústrias sofreram muito com o 2020. Estão procurando resolver seus problemas de vendas com a China. É fato, a diferença de vendas, de produtos em geral, aumentou muito quando comparamos as feitas para os EUA e aquelas realizadas com a China. Os EUA continuam ocupando o segundo lugar na lista dos compradores de nossos produtos, mas a China, que ocupa o primeiro posto, está crescendo muito. Desde janeiro, a China comprou um terço de tudo que o Brasil vendeu para fora. Os EUA não compraram nem 10% do que vendemos para o mundo.


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Para além da "pólvora" de Bolsonaro.

Os chineses cunharam uma frase para seus inimigos fracos: "tigres de papel". Rugem, mostram as garras.... mas têm a fragilidade do papel. Não atemorizamos. Pelo contrário, viramos piada. Mas, para além do blefe (sem carta alguma) belicoso do presidente, os números não ajudam projetar grandes negócios com os EUA em 2021. O FMI projeta que os EUA crescerão 3,1% no próximo ano. Não compensará minimamente as perdas de 2020. Já a China deve crescer mais de 8%, em 2021, diz o FMI. Talvez venha a acentuar e cobrir a diferença de vendas para os EUA. É o que nos resta de esperança depois do 10 de novembro histórico, a data que ficará conhecido como o "Dia da Pólvora". Desde o fatídico 7 de dezembro de 1941, data do ataque nipônico a Pearl Harbor, nenhum país voltou a provocar a maior e mais eficiente força armada do planeta. Só os celerados terroristas de Bin Laden ousaram....

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