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Em Pauta

Quem tomará conta dos cofres públicos em Brasília e em Campo Grande?

Mário Sérgio Lorenzetto | 28/10/2014 07:37
Quem tomará conta dos cofres públicos em Brasília e em Campo Grande?

Poucos nomes para o Ministério da Fazenda

Dinheiro. O sucesso ou fracasso de um governo depende das receitas. Não há saúde de boa qualidade sem dinheiro. A educação sofre com a falta dele. Sem ele, restam as invenções, a criatividade brasileira para suplantar as dificuldades, o pernicioso "jeitinho brasileiro". E o dinheiro de um governo depende do Ministro da Fazenda e, em nosso Estado, do Secretário de Fazenda.

Não existem muitos nomes à disposição para enfrentar essa "batalha campal diária". Em Brasília, o nome predileto do mercado é o de Henrique Meirelles. Mas, devido às suas aspirações eleitorais, Meirelles enfrenta forte restrição do mundo político. Outro nome de peso é o de Nelson Barbosa, ex-secretário do Ministério da Fazenda e predileto de Dilma, Barbosa não causa o mesmo "frisson" dentre o mundo empresarial, mas é bem aceito pelos políticos de peso que trafegam nos bastidores de Brasília e tem facilidade no trato com o empresariado.

O empresário e filho de José Alencar (vice Presidente da República no período Lula), Josué Gomes da Silva, proprietário do complexo têxtil Coteminas, ganhou força no período eleitoral pelo peso decisivo na vitória de Dilma. Aloisio Mercadante é o nome que teve a chance dada no segundo turno das eleições. A ele foi delegada a missão de acalmar os empresários, especialmente paulistas, e o resultado foi um desastre absoluto.

Outro ministeriável de peso é o executivo do Banco Bradesco Luiz Trabuco, que teria a missão de acalmar o setor que ofereceu maior resistência ao governo Dilma - os banqueiros. Seu maior óbice está na aposentadoria: Trabuco se aposentará no próximo ano e não aproveitará nem um minuto sequer desse novo tempo em sua vida.

Quem tomará conta dos cofres públicos em Brasília e em Campo Grande?
Quem tomará conta dos cofres públicos em Brasília e em Campo Grande?

E, no MS, o nome é...

No Mato Grosso do Sul, só há um grande nome: o Deputado Estadual (eleito Deputado Federal) Márcio Monteiro. Homem de confiança de Reinaldo há mais de uma década, quando ambos eram prefeitos (de Maracaju e de Jardim) e tomavam as decisões políticas em conjunto. Monteiro é homem culto, bem preparado, conhece as regras de

administração e dos impostos e é metódico; condições necessárias para gerir o "teatro de guerra" em que se converterá esse órgão público com a queda do ICMS Garantido.

Ao contrário de Brasília, a condicionante política torna-se essencial para conversar e convencer o funcionalismo e o empresariado das novas regras que necessitarão ser aplicadas para o pleno funcionamento da máquina arrecadadora. Uma opção puramente técnica seria a do atual Superintendente de Arrecadação, Carlos Zoccante, que é pouco conhecido dos políticos mas goza de prestígio com o funcionalismo. Outros nomes poderão surgir no período de transição e terão de ser maturados pelos novos governantes.

Enfim, os nomes do próximo Ministro da Fazenda e do Secretário de Fazenda do Mato Grosso do Sul são os segredos que todos, no momento, desejam conhecer.

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Democracia de R$ 74 bilhões

Não se trata de discutir a existência da democracia em nosso país. A democracia é cláusula pétrea, que não pode e não deve ser eliminada. Mas, é preciso o Brasil pagar tão caro por sua existência? Foram R$ 74 bilhões gastos em campanha eleitoral. Dinheiro suficiente para construirmos mil hospitais com aparelhos de última geração ou 15 milhões de casas populares. É pressuposto do regime democrático a existência de liberdades, mas elas não são e nem podem ser ilimitadas. Uma das mais importantes liberdades são os gastos de campanha, que também devem ser limitados, com poderes e instrumentos similares aos existentes na Secretaria de Receita Federal.

Quem tomará conta dos cofres públicos em Brasília e em Campo Grande?
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As bactérias invencíveis

Foi em 1928 que o médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming fez uma descoberta que transformaria a medicina. No laboratório do Hospital Saint Mary, em Londres (onde há uma placa na fachada externa saudando o evento), ele encontrou um fungo do gênero "Penicillium", que conseguia impedir a produção das moléculas que formavam uma membrana em torno do estafilococo. Fleming buscava algum agente capaz de deter a disseminação dessa bactéria, causadora de septicemia e responsável pela morte de milhares de homens na Primeira Guerra.

Na época, o achado não despertou muita atenção. A Segunda Guerra mostrou a importância de transformar aquele agente em um medicamento que combatesse as infecções. E, a partir de 1940, a penicilina começou a ser produzida em escala industrial.

Mas, há uma ameaça real no século XXI e não mais uma fantasia apocalíptica para o futuro, resulta da impossibilidade de combater esses micro-organismos. As bactérias sofrem mudanças, passam a identificar os inimigos e criam escudos que as protegem deles. As vulneráveis somem. As resistentes se multiplicam e transmitem à nova geração essa imunidade em uma escalada além do imaginável. A cada 20 minutos, uma bactéria resistente pode gerar outras 5 milhões iguais a ela.

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Superbactérias causam prejuízo bilionário

É difícil calcular as perdas humanas e os custos materiais das doenças cuja origem é atribuída às superbactérias. O estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o sistema de saúde norte-americano gaste entre US$ 21 bilhões e US$ 34 bilhões por ano com doenças resistentes aos antibióticos. E já foram identificados 17 tipos de superbactérias para as quais não há antibióticos. No Brasil, a situação é igualmente grave. Segundo a Anvisa, em 2012, foi registrado um total de 11.731 notificações de infecção hospitalar causadas por essas bactérias.

No entanto, números divulgados por consultorias, como a IMS Health, apontam que os antibióticos são o quinto tipo de remédio mais vendido no mundo. Em 2013, o consumo bateu na cifra de US$ 40 bilhões, dos quais mais de US$ 1 bilhão só no Brasil.

Os hospitais estão no topo da cadeia de contaminação por superbactérias. Não quer dizer que esse ambiente concentre toda a responsabilidade por isso. Primeiro, porque eles consomem mais de 50% dos antibióticos usados no país. E, segundo, porque o paciente que está hospitalizado obviamente não está em boas condições de saúde, facilitando o ataque das superbactérias.

Embora o combate às superbactérias seja uma missão quase impossível, é possível promover maiores investimentos nos hospitais com treinamentos do pessoal, educação e controle dos profissionais. Para as pessoas em geral, uma antiga lição ajuda: lavar as mãos!

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Vírus de ebola se multiplica na velocidade de uma bactéria

Até o momento, em torno de 3.500 pessoas faleceram pela epidemia de ebola, sendo a maioria na África, e quase 7.500 contágios foram confirmados no mundo. Por enquanto, não temos casos no Brasil. Entretanto, temos de estar preparados. A febre começa e é tudo rápido. Um dos grandes problemas com o ebola é que esse vírus se comporta como uma bactéria no que diz respeito à evolução veloz. Em geral, as bactérias se multiplicam mais rapidamente que os vírus.

Chikungunya demanda meses para pleno restabelecimento

Nas últimas semanas, um vírus com nome difícil de pronunciar, "chikungunya", passou a preocupar as autoridades. Ele foi identificado pela primeira vez entre 1952 e 1953, durante uma epidemia na Tanzânia, e os agentes transmissores são o mosquito "Aedes aegypti", mesmo causador da dengue, e o "Aedes albopictus". Só que diferentemente da dengue, trata-se de uma febre que não apresenta forma hemorrágica. Os pacientes têm sintomas semelhantes ao da dengue. A diferença é que, passada a forma aguda, dores nas articulações podem perdurar por meses e ser tão insuportáveis que, em muitos casos, precisam de tratamento fisioterápico.

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