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Manoel Afonso

Eleições: os políticos devem olhar pelo retrovisor?

Por Manoel Afonso | 30/05/2025 09:05

AVISO: Personagens vitoriosos na iniciativa privada às vezes são tocados pela vaidade e imaginam repetir esse sucesso na política. Por certo deixaram de observar alguns exemplos de ‘equívocos’ locais, estaduais e nacionais. Sobre isso, ensina o mestre Nelson Rodrigues: “não se faz política e futebol com bons sentimentos. ”.

PERGUNTO: Qual leitor não testemunhou experiências frustradas na seara política de personagens competentes e dignos da comunidade? São muitos diferentes as relações (fornecedores, empregados e clientela) em comparação com o universo da vida pública partidária. Por primarismo ou vaidade, eles só percebem isso tarde demais.

ESCADAS: Também na política alguém vai usar você como degraus para alcançar seus objetivos. Em todas as eleições, após divulgada a lista dos candidatos, já é possível identificar os protagonistas com chances de vitória e aqueles que apenas farão o papel de degraus de escadas, meros coadjuvantes sonhadores sem chances de chegar ao topo.

A VINGANÇA: O eleitor paranaense tende a votar no senador Sergio Moro ao Governo em 2026. O ex-juiz, nas últimas pesquisas, tem 43,09% contra 18,01% de Requião Filho. Contra Beto Richa Moro chega 42,04% contra apenas 17,94%. O candidato petista Enio Perri alcança 2,64% - segundo o Paraná Pesquisas.

JOSEPH STÁLIN: (‘O bonzinho’) “Ideias são muito mais poderosas do que as armas. A gratidão é uma doença de que sofrem os cachorros. A morte é a solução para todos os problemas; sem gente, sem problemas. A educação é uma arma, cujo efeito depende de quem a maneja e para quem é apontada. Uma única morte é uma tragédia; um milhão de mortes é uma estatística. ”

‘OUVIDORIA’: No universo político muitos querem falar, poucos se dispõem a ouvir. Pode ter sido aí, a fonte de inspiração de Rubem Alves ao dizer que há muitos cursos de oratória e nenhum de ‘escutatória’. O político que ouve opiniões, demonstra equilíbrio para receber as críticas inclusive como subsídios à sua caminhada, ao seu projeto.

BOM OUVIDOR: Posto isso, merece registro, o estilo sereno do deputado Gerson Claro nas relações com o público. A sua cordialidade fica estampada na fala de tom inalterado, nos gestos e expressões faciais que transmitem emoções e sentimentos de complacência. Num universo de muita fala há de se valorizar quem sabe ouvir.

REMÉDIOS: A propaganda aqui é aética. Lá fora inexiste. Aqui sobram remédios do pedido na receita, enquanto no 1º Mundo a farmácia vende só a quantidade constante do receituário. Além de antieconômico, o descarte da sobra do que constou na receita é perigoso. Questiona-se: onde descarta-lo sem riscos à saúde e ao meio ambiente?

‘LEGENDÁRIOS’: “O que os Legendários vendem é ilusão. Um pacote espiritual de autoajuda com estética militarizada, discurso messiânico e taxa de inscrição altíssima. É o velho truque de mercado: vender um problema e depois oferecer a solução em suaves prestações. Uma masculinidade frágil, ferida, desorientada é alimentada com promessas de redenção que não resistem a pratica cotidiana. ” (Thyatiane de Melo)

DESAFIO: Seria possível manter a bandeira antiesquerda com mesma força sem a participação efetiva de Bolsonaro? Essa a pauta abordada pelos deputados Gerson Claro e coronel Davi com jornalistas no saguão da Assembleia Legislativa. A conclusão do grupo bate com as pesquisas: apesar de tudo, o ex-presidente tem peso enorme.

ESCARAMUÇAS: Todos reconheceram o ambiente indefinido na oposição por conta de manobras dos experientes Kassab, Valdemar C. Neto e Ciro Nogueira. Eles querem estar juntos, mas na ausência de Bolsonaro, a carta na manga seria Tarcísio de Freitas. O governador paulista tirou a farda militar e tomou gosto pelo poder. Isso conta ou não?

BASTIDORES: A federação MDB, PSD e Republicanos deve apoiar a candidatura de Riedel. Quem pilota essa nave no MS é o Secretário da Casa Civil Eduardo Rocha, que disputará a Assembleia. Se confirmada a hipótese, a ministra Simone Tebet, ficaria de saia justa numa eventual candidatura sua no MS. Como pedir votos para Lula e Riedel?

ELEIÇÕES 2022: No MS a diferença entre Bolsonaro e Lula foi de 281.059 votos (18,98%). Bolsonaro 880.606 votos e Lula 55.547 votos. Muito ou pouco? Depende da ótica de análise. Em 2018 Humberto Amaducci obteve 10,8% ao Governo e em 2022 a  Giselle Marques chegou a 9,42% (135.551 votos), superando Marcos Trad com 124.795 (8,68%) votos.

MEIA VOLTA: Vítima do seu caciquismo e sem opções, o PT busca fora o candidato ao Governo. O ex-deputado Fábio Trad, é a sugestão do deputado Zeca do PT. Como Fábio virou funcionário do Planalto, admite-se até o dedo de Lula para convencê-lo. Pergunta-se: as questões familiares impediriam Fábio?  Mas o poder seduz!

A QUESTÃO: Riedel seria técnico ou político com disfarce? Um exemplo: quanto ao seu apoio ao senado ele vai em direção de Reinaldo exclusivamente. Assim, deixaria em aberto o apoio aos pretendentes (Nelsinho e Gerson) da segunda vaga?  Se ambos são companheiros, evitaria tomar partido. Acho que Riedel é carioca ensaboado. Rss

RESÍDUOS ELEITORAIS: Se para o deputado Rinaldo o TRE pecou na decisão sobre as eleições da capital, para o deputado Lídio, a corte julgou certo. Também nesta esteira, os deputados Hashioka e Caravina polemizaram na Assembleia, sobre o pleito de Nova Andradina. Matérias que inflamaram os 4 protagonistas com promessas de novos capítulos. Aguardem.

ZORRA TOTAL: Coerência e memória; artigos raros nas prateleiras da política. O PL do capitão Contar e do deputado João Catan, e de outros líderes do Bolsonarismo devem marchar juntos com adversários no passado contra postulantes da esquerda.  Justiça seja feita; os caciques políticos nacionais são criativos e ousados para continuarem no poder. Lembrando Geraldo Alckmin: “não se faz política olhando pelo retrovisor”.

‘DATA VÊNIA’: Ao adotar essa expressão como mostra a mídia, Alckmin incorre em grave ato de incoerência.   Pela sua trajetória na vida pública, pela defesa intransigente dos valores do liberalismo, em confronto com o que prega o PT, ele não conseguiu convencer seus eleitores de antes e nem a opinião pública. No fundo, ele não tem coragem de olhar pelo seu retrovisor político.

EM ALTA: Classe ruralista elogiando a postura do deputado Rodolfo Nogueira (PL) na questão conflitante da retificação dos títulos de terras na região da fronteira. Ele defende a prorrogação do prazo final, de outubro próximo, para o ano de 2030. Rodolfo alega que proprietários vem enfrentando barreiras burocráticas, criando um oceano de incertezas.

PÍLULAS DIGITAIS: 

A vida não dá trégua. São tarefas. (BeckyKorich)

As pessoas não se lembram, mas o computador nunca esquece. (MarshaII Mcluhan)

O diabo é otimista, acha que pode tornar as pessoas piores do que já são. (Karl Kraus)

Proíbem bíblia nas escolas e liberam nas prisões. Querem formar cidadãos ou prisioneiros?

Gente que não respeita seu ‘não’, também não merece seu ‘sim’. (Sebastião Salgado)

Uma pessoa iluminada paga mais caro a conta de energia elétrica. (dr. Zureta)

Se você se parece com a sua foto no passaporte, é porque sem dúvida está precisando da viagem. (Earl Wilson)

O poder corrompe. Corrompe o quê? Os que não têm poder. (Millôr)

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