Adolescente perde rim após acidente com motorista que fugiu sem deixar pistas
Jovem permaneceu internada por 21 dias, enfrentou três cirurgias e ficou a maior parte do tempo na UTI
No início da manhã do dia 2 de junho, o que era uma ida comum ao trabalho virou pesadelo para Jéssika Gonçalves Valente Ferreira e a filha, Kamille Fernanda, de 15 anos. As duas estavam em uma motocicleta quando foram atingidas por um carro que teria avançado a sinalização de “pare”, no cruzamento da Rua Padre João Crippa com a travessa seguinte à Avenida Fernando Corrêa da Costa, no centro de Campo Grande. O motorista fugiu do local sem deixar pistas.
RESUMO
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Uma adolescente de 15 anos perdeu um rim após grave acidente de trânsito em Campo Grande. Kamille Fernanda estava com a mãe, Jéssika Gonçalves, em uma motocicleta quando foram atingidas por um carro que avançou a sinalização de "pare". O motorista fugiu do local após a chegada da ambulância. A jovem permaneceu 21 dias internada, passou por três cirurgias e ficou a maior parte do tempo na UTI do Hospital Proncor. Após complicações e um novo sangramento, recebeu alta em 22 de junho. A família busca o responsável pelo acidente e tenta se reestruturar emocional e financeiramente.
“Ele chegou a se aproximar de mim e da minha filha, ficou pedindo perdão o tempo todo e disse que o filho estava em estado de choque dentro do carro. Mas assim que a ambulância chegou, ele foi embora e ninguém conseguiu pegar a placa”, contou Jéssika à reportagem do Campo Grande News, mais de um mês após o acidente.
A colisão foi grave. Kamille teve uma lesão de grau 4 no rim e foi encaminhada em estado grave à UTI do Hospital Proncor. Na mesma noite, passou pela primeira cirurgia, quando foi colocado um cateter. Mas, seis dias depois, diante da piora no quadro, os médicos decidiram retirar o rim da adolescente.
A jovem permaneceu internada por 21 dias, enfrentou três cirurgias e ficou a maior parte do tempo na UTI. Quando a família se preparava para a alta, já no dia 14, um novo sangramento adiou a recuperação. “Foi tudo de novo: exames, tomografia, centro cirúrgico, drenagem, e mais tempo na UTI. Foram dias de sofrimento, mas Deus colocou os médicos certos para cuidar da minha filha”, relembra a mãe.
Kamille recebeu alta no dia 22 de junho, mas as sequelas da colisão seguem no corpo e na vida da adolescente. A família ainda tenta se reestruturar emocional e financeiramente. A motocicleta da mãe permanece na borracharia onde foi deixada após o acidente. “Está do mesmo jeito daquele dia, porque não temos como arcar com o conserto”, diz Jéssika.
Diante da dor e da impunidade, a mãe decidiu tornar público o caso na tentativa de encontrar o motorista. “Nem eu, nem o pai dela tivemos cabeça pra ir atrás disso naquele momento. Mas por irresponsabilidade dele, minha filha perdeu um rim e correu risco de vida.”
A mãe da jovem conta que decidiu tornar o caso público como forma de cobrar responsabilidade do motorista envolvido. Além de buscar justiça, ela tenta arrecadar recursos para consertar a motocicleta usada no trabalho, que teve orçamento superior a R$ 6 mil. Doações podem ser feitas pelo telefone (67) 98419-7661.
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