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Direto das Ruas

Árvore é cortada na Cidade do Natal e araras perdem ninho de 5 anos

Ninhos são importantes para evitar redução da população de aves na Capital

Osvaldo Júnior | 26/11/2017 10:48
Palmeira cortada em frente ao Parque das Nações Indígenas, na Capital (Foto: Marcos Vinícius)
Palmeira cortada em frente ao Parque das Nações Indígenas, na Capital (Foto: Marcos Vinícius)

Importantes para amenizar a redução da população de araras e outras espécies em Campo Grande, os ninhos em palmeiras tiveram uma baixa em área turística da cidade neste fim de semana. Uma árvore, que abrigava um ninho de cinco anos, foi cortada na Cidade do Natal, no estacionamento do Parque das Nações Indígenas. Para os frequentadores do local, isso representa colorido a menos na beleza do local, mas para as araras, o corte da palmeira provoca impactos maiores.

De acordo com Marcos Vinícius Santana, voluntário no projeto Arara Azul e que enviou fotos à redação do Campo Grande News, há cadastrados 180 ninhos em Campo Grande. Ele explica que os ninhos são usados por araras, em geral, no segundo semestre de cada ano. "Elas botam, geralmente, em junho, de dois a três ovos. O período de incubação é de 26 a 28 dias. Depois, os filhotes ficam em torno de 60 dias nos ninhos", informa. 

Os ninhos das araras são "emprestados" por outras espécies, como tucano, maracanã-do-buriti e araçari-castanho. Marcos explica que depois que os filhotes de araras têm condições de sair do ninho, eles são levados pela mãe para regiões diversas, onde podem encontrar alimentos e outros abrigos. "A mãe 'apresenta' a cidade para o filhotes, mostra onde eles podem ir para achar alimentos", disse.

Nesse tempo em que as araras ficam "fora de casa" (cerca de seis meses), as demais espécies ocupam o local. No outro ano, na mesma época, as araras retornam para iniciar novo ciclo.  

Casal de araras que morava no ninho de árvore que foi cortada (Foto: Marcos Vinícius)
Casal de araras que morava no ninho de árvore que foi cortada (Foto: Marcos Vinícius)

Na palmeira, cortada na Cidade do Natal, no Parque dos Poderes, havia um ninho de cinco anos, conforme monitoramento do projeto Arara Azul. A redução de ninhos pode causar problemas diversos, como migração de espécies e, ainda mais grave, ferimento de aves. "Quando há menos ninhos, as araras e demais espécies brigam entre si. Já encontrei arara muito ferida, possivelmente devido a brigas por ninho", afirmou.

Ainda em relação a araras feridas, Marcos contou que, recentemente, encontrou uma arara canindé muito machucada, com sinais de tiros.

Alimentos – Voluntário no projeto Arara Azul, Marcos tem como hobby fazer fotos de araras e outros tipos de aves típicas da região. Nessa atividade, ele nota que tem reduzido a quantidade de animais.

Uma forma simples de amenizar essa situação, de acordo com ele, é plantando árvores, cujos frutos servem de alimentos a essas espécies de aves. "A pessoa pode plantar, por exemplo, pé de bocaiúva e de coquinho amargo", ilustrou.

Prefeitura – A Prefeitura de Campo Grande foi procurada, mas respondeu, pela assessoria de imprensa, que só poderá verificar o que ocorreu na segunda-feira (dia 27).

Confira abaixo galeria com fotos de Marcos Vinícius de aves em ninhos diversos de Campo Grande:

Confira a galeria de imagens:

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