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Direto das Ruas

Protetoras independentes reclamam da suspensão das castrações gratuitas

Conforme comunicado enviado ao grupo de ativistas, situação ocorre devido ao corte de gastos na pasta

Por Clara Farias | 19/08/2025 18:49
Protetoras independentes reclamam da suspensão das castrações gratuitas
Vila de gatos criada por uma das protetoras (Foto: Aletheya Alves/Arquivo)

Protetoras independentes que atuam na Capital reclamam que vagas exclusivas para castração de animais na Subea (Superintendência do Bem-Estar Animal) serão extintas. De acordo com mensagem enviada ao grupo de protetoras, isso ocorre devido ao corte de gastos de 25% da pasta. O caso chegou ao Campo Grande News pelo canal Direto das Ruas nesta terça-feira (18).

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Protetoras independentes de Campo Grande denunciam o corte de vagas para castração de animais na Subea (Superintendência do Bem-Estar Animal). Alegam que a redução, justificada por contenção de gastos de 25%, impacta até 80% dos serviços e prejudica o trabalho voluntário com animais resgatados das ruas. O cancelamento repentino dos atendimentos interrompeu a rotina de agendamento e castração, afetando o controle populacional e o bem-estar dos animais.A escassez de vagas dificulta o trabalho de protetoras que cuidam de dezenas de animais e monitoram colônias de gatos de rua. A castração é crucial para evitar a superpopulação e o abandono, além de prevenir doenças e maus-tratos. A Subea informou novas diretrizes, limitando o agendamento por senhas, cinco de manhã e cinco à tarde, de segunda a sexta, exceto às quartas. A prefeitura não se manifestou sobre o assunto.

As protetoras afirmam que o corte não representa apenas 25%, mas uma redução de até 80% nos serviços essenciais de castração. Elas relatam que o cancelamento repentino dos atendimentos impacta diretamente o trabalho desses voluntários. A protetora Juliana Zanoni, de 42 anos, descreve a situação como um "caos que vai virar" se os serviços não forem retomados.

Ela explica que a rotina de agendamento e atendimento, que permitia aos protetores levar animais de rua para serem avaliados e castrados, foi interrompida sem aviso prévio. A redução das vagas de castração afeta diretamente o trabalho desses ativistas, que muitas vezes cuidam de dezenas de animais resgatados.

O problema é ainda mais grave ao considerar o ciclo reprodutivo dos animais. A protetora Muriel Benites, de 52 anos, cuida de 20 cães e ajuda a cuidar de colônias de gatos de rua. Ela ressalta a importância da castração para evitar a superpopulação. "A gente pega gato de colônia que tem muito gato abandonado", diz Muriel.

Outra protetora, Gilmara Léa Albuquerque, reforça que o trabalho de castração não é só sobre os animais que já vivem com os protetores, mas também sobre aqueles que são resgatados, tratados e depois devolvidos ao seu local de origem ou colocados para adoção.

Com a suspensão dos serviços, os animais resgatados que deveriam ser castrados podem entrar no cio, levando a ninhadas indesejadas e ao aumento da população de animais de rua. Esse ciclo não só agrava o problema de abandono, mas também eleva os riscos de doenças e maus-tratos.

Um comunicado da Subea, obtido pela equipe do Campo Grande News, informou as novas diretrizes de atendimento. O texto descreve que não haverá mais o atendimento exclusivo de quartas-feiras para ONGs e protetores. As ativistas precisarão concorrer com as vagas destinadas à população, que são limitadas a cinco vagas por período.

A reportagem procurou a Prefeitura da Capital para verificar a situação, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

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