Protetoras independentes reclamam da suspensão das castrações gratuitas
Conforme comunicado enviado ao grupo de ativistas, situação ocorre devido ao corte de gastos na pasta
Protetoras independentes que atuam na Capital reclamam que vagas exclusivas para castração de animais na Subea (Superintendência do Bem-Estar Animal) serão extintas. De acordo com mensagem enviada ao grupo de protetoras, isso ocorre devido ao corte de gastos de 25% da pasta. O caso chegou ao Campo Grande News pelo canal Direto das Ruas nesta terça-feira (18).
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
As protetoras afirmam que o corte não representa apenas 25%, mas uma redução de até 80% nos serviços essenciais de castração. Elas relatam que o cancelamento repentino dos atendimentos impacta diretamente o trabalho desses voluntários. A protetora Juliana Zanoni, de 42 anos, descreve a situação como um "caos que vai virar" se os serviços não forem retomados.
Ela explica que a rotina de agendamento e atendimento, que permitia aos protetores levar animais de rua para serem avaliados e castrados, foi interrompida sem aviso prévio. A redução das vagas de castração afeta diretamente o trabalho desses ativistas, que muitas vezes cuidam de dezenas de animais resgatados.
O problema é ainda mais grave ao considerar o ciclo reprodutivo dos animais. A protetora Muriel Benites, de 52 anos, cuida de 20 cães e ajuda a cuidar de colônias de gatos de rua. Ela ressalta a importância da castração para evitar a superpopulação. "A gente pega gato de colônia que tem muito gato abandonado", diz Muriel.
Outra protetora, Gilmara Léa Albuquerque, reforça que o trabalho de castração não é só sobre os animais que já vivem com os protetores, mas também sobre aqueles que são resgatados, tratados e depois devolvidos ao seu local de origem ou colocados para adoção.
Com a suspensão dos serviços, os animais resgatados que deveriam ser castrados podem entrar no cio, levando a ninhadas indesejadas e ao aumento da população de animais de rua. Esse ciclo não só agrava o problema de abandono, mas também eleva os riscos de doenças e maus-tratos.
Um comunicado da Subea, obtido pela equipe do Campo Grande News, informou as novas diretrizes de atendimento. O texto descreve que não haverá mais o atendimento exclusivo de quartas-feiras para ONGs e protetores. As ativistas precisarão concorrer com as vagas destinadas à população, que são limitadas a cinco vagas por período.
A reportagem procurou a Prefeitura da Capital para verificar a situação, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.